Doença de Parkinson em Estágios Iniciais: Identificação e Acompanhamento Neurológico
Postado em: 04/03/2025
A Doença de Parkinson é um distúrbio neurológico progressivo que afeta os movimentos e pode impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Nos estágios iniciais, os sinais podem ser sutis e muitas vezes passam despercebidos, retardando o diagnóstico e o início do tratamento adequado.
Compreender os primeiros indícios da doença e buscar acompanhamento neurológico desde o início é fundamental para garantir melhores resultados no controle dos sintomas.
Neste artigo, vou abordar como identificar os estágios iniciais mais comuns da doença de Parkinson e a importância do acompanhamento especializado.
Continue lendo para conferir!
Como identificar a doença de Parkinson nos estágios iniciais
Os sintomas iniciais da “Doença de Parkinson“ podem variar entre os pacientes, mas alguns sinais comuns costumam surgir antes que os tremores, característicos da condição, fiquem evidentes.
Entre os sintomas iniciais mais conhecidos, destacam-se:
- Diminuição do olfato (hiposmia): muitas pessoas com Parkinson relatam perda gradual do olfato anos antes do diagnóstico.
- Alterações no sono: movimentos involuntários, agitação e pesadelos frequentes podem indicar a presença da doença.
- Mudança na escrita: a caligrafia pode ficar menor e mais difícil de ler, fenômeno conhecido como micrografia. Essa mudança pode ser bem sutil.
- Rigidez muscular: dificuldade para movimentar os membros e sensação de tensão nos músculos.
- Diminuição da expressão facial: chamada de hipomimia, faz com que o rosto pareça menos expressivo.
- Mudança na voz: a voz pode ficar mais baixa e sem entonação.
- Alterações na postura e marcha: passos curtos e lentos, além da tendência de inclinar-se para frente ao caminhar.
Esses sinais podem surgir de forma muito leve e intermitente, dificultando o diagnóstico precoce.
Por isso, a avaliação neurológica periódica é essencial para detectar a doença em seu estágio inicial.
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Qual a causa da doença de Parkinson?
A causa exata da doença de Parkinson ainda não é completamente conhecida, mas diversos fatores podem estar envolvidos.
O desenvolvimento da doença ocorre devido à degeneração progressiva dos neurônios produtores de dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos.
Os principais fatores que podem contribuir para o surgimento da doença incluem:
- Envelhecimento: o avanço da idade aumenta o risco da doença, sendo mais comum após os 60 anos.
- Fatores genéticos: algumas mutações genéticas estão associadas ao Parkinson, principalmente em casos familiares.
- Exposição a toxinas: contato prolongado com pesticidas e produtos químicos pode elevar o risco da doença.
- Inflamação cerebral: processos inflamatórios crônicos no cérebro podem contribuir para a morte neuronal.
Ainda que não exista uma cura definitiva, a detecção precoce e o acompanhamento neurológico permitem estratégias eficazes para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
A importância do acompanhamento neurológico nos estágios iniciais
O acompanhamento neurológico contínuo é essencial para garantir um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.
Nos estágios iniciais, o tratamento pode envolver diferentes abordagens, como:
- Medicamentos: ajudam a regular os níveis de dopamina e minimizar os sintomas motores.
- Fisioterapia e atividade física: essenciais para manter a mobilidade e reduzir a rigidez muscular.
- Acompanhamento psicológico: apoio emocional é importante para lidar com os desafios da doença.
- Estimulação cerebral profunda (DBS): opção para casos em que os sintomas não são bem controlados com medicamentos.
A orientação de um neurologista especializado faz toda a diferença para garantir que a progressão da doença ocorra de forma mais lenta e com menor impacto na rotina do paciente.
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Se notar sinais sugestivos da doença de Parkinson, procure um especialista para uma avaliação detalhada. O diagnóstico e o tratamento adequado são fundamentais para manter a qualidade de vida e garantir o melhor manejo dos sintomas.
Convido você a visitar meu site para conhecer mais detalhes do meu trabalho. Se desejar marcar uma consulta, você pode entrar em contato pelo WhatsApp!
Dr. Rubens Cury
Neurologista Especialista em Parkinson
Professor Livre-docente da Universidade de São Paulo
CRM-SP: 131.445
RQE: 64.840
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação
Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em
Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro
CRM-SP 131445