Remédio e Parkinson: Quais podem ser usados no tratamento?
Postado em: 15/03/2024
Encontrar o medicamento adequado para a doença de Parkinson (DP) é um processo que requer tempo e colaboração entre médico e paciente. Os remédios para Parkinson têm diferentes formas de ação, muitos em comprimidos, embora alguns possam ser administrados por adesivos na pele ou infusões intestinais.
A escolha do medicamento varia conforme os sintomas, outros problemas de saúde (e os fármacos usados para tratá-los) e a idade. As dosagens variam de acordo com as necessidades e o metabolismo de cada pessoa.
Como a maioria dos sintomas da DP decorre da falta de dopamina no cérebro, muitos medicamentos têm como objetivo repor ou imitar a ação dessa substância. Esses são chamados de medicamentos dopaminérgicos e ajudam a diminuir o tremor, a rigidez muscular e aprimorar a velocidade e a coordenação dos movimentos.
À medida que os sinais progridem ou surgem complicações, o neurologista costuma ajustar os medicamentos, seja alterando a dose, a frequência, adicionando ou trocando remédios. Ficar atento aos sintomas mais incômodos e avaliar se a medicação está surtindo efeito pode ajudar a orientar esses ajustes em seu plano de tratamento.
Lembre-se de que a medicação é apenas uma parte do tratamento do Parkinson. Discuta com seu médico sobre os medicamentos disponíveis, mas não se esqueça dos exercícios físicos e terapias complementares.
Levodopa
A levodopa é convertida em dopamina no cérebro, sendo uma das principais opções para repor essa substância. Tem sido utilizada nos últimos 40 anos e é administrada de diferentes maneiras, muitas vezes combinada com outros medicamentos para garantir sua eficácia. Oferece alívio dos sintomas em todas as fases do Parkinson, especialmente rigidez e lentidão. Seu efeito não diminui com o tempo, mas a dose pode precisar de ajustes à medida que a doença avança. É crucial tomar levodopa nos mesmos horários diariamente, evitando refeições próximas à ingestão para otimizar a absorção.
Carbidopa
A carbidopa bloqueia a conversão da dopamina fora do cérebro, reduzindo os efeitos colaterais e possibilitando que seja necessária menor quantidade de levodopa para alcançar o efeito terapêutico desejado.
Agonistas da dopamina
Os agonistas da dopamina disponíveis incluem:
- Pramipexol.
- Neupro (rotigotina): adesivo transdérmico.
Os agonistas da dopamina têm efeito semelhante ao da levodopa, fazendo o cérebro acreditar que está recebendo dopamina, porém, menos potente. Apesar disso, têm menos probabilidade de causar efeitos “on/off” ou discinesias (movimentos involuntários) quando utilizados sozinhos.
Amantadina
Existem três medicamentos à base de amantadina, que atuam nas vias químicas cerebrais da dopamina e do glutamato. A liberação imediata de amantadina foi aprovada para tratar os sintomas de Parkinson, como lentidão, rigidez e tremor. Os médicos podem prescrevê-lo sozinho para tratar sintomas leves no início do Parkinson, mas costumam usá-lo para discinesia.
Inibidores enzimáticos
Os inibidores da COMT podem bloquear a enzima que decompõe a levodopa. São usados com a levodopa para prolongar sua ação. Os principais são:
- Entacapone (Comtess).
- Levodopa/Carbidopa/Entacapona (Stalevo/Sastravi).
- Opicapona (Ongentys).
Os inibidores da MAO-B bloqueiam ou diminuem a monoamina oxidase B. Esta enzima decompõe a dopamina no cérebro. Os inibidores da MAO-B incluem:
- Rasagilina (Azilect).
- Selegilina (Eldypryl).
- Safinamida (Xadago)
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Dr. Rubens Cury
Neurologista especialista em Parkinson. Professor Livre-Docente da Universidade de São Paulo.
CRM-SP: 131.445
RQE: 64.840
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445