Qual a melhor alimentação para quem tem Parkinson?

Postado em: 15/03/2022

Sabemos que a alimentação é fundamental em todas as situações da vida.

Uma alimentação balanceada nos possibilita não apenas manter o peso corporal, mas, fundamentalmente, fazer o melhor uso dos nutrientes a favor da nossa saúde.

No que diz respeito à Doença de Parkinson, embora não exista uma dieta específica para ser seguida, é importante se atentar para a alimentação, pois isso pode ajudar a controlar os sintomas da doença.

Siga a leitura deste texto para falarmos sobre a melhor alimentação para quem tem Parkinson!

Parkinson e alimentação

É preciso dizer, inicialmente, que a Doença de Parkinson se manifesta mediante diversos sintomas que incluem não apenas os motores, mas, também, os não motores.

Dentre os sintomas está presente a constipação.

Também conhecida como intestino preso, trata-se do funcionamento inadequado/deficiente do intestino.

A constipação dificulta a absorção dos medicamentos utilizados para o tratamento do Parkinson, o que implica diretamente na piora dos sintomas de rigidez, também na labilidade emocional além da qualidade do sono.

Ademais, pessoas que têm intestino preso podem sentir menos fome, uma vez que ficam com a sensação de que o estômago está cheio.

Com isso, não apenas a quantidade, mas a qualidade dos alimentos ingeridos é prejudicada.

Com a má alimentação temos um outro problema: redução da massa muscular.

Diante disso, ressalta-se a importância de uma alimentação balanceada para a manutenção e melhora da saúde geral.

Cuidados gerais com a alimentação

É fundamental ressaltar a importância de um acompanhamento multidisciplinar que inclua nutricionista.

Pois ele é o profissional responsável pela alimentação que, tendo conhecimento dos demais determinantes de saúde do paciente, poderá prescrever o melhor regime alimentar.

  • Deve-se evitar dietas “da moda”;
  • Não se deve restringir a alimentação sem necessidade comprovada;
  • Deve-se comer alimentos dos diversos grupos alimentares;
  • Dar preferência para carboidratos complexos como grãos, frutas e vegetais;
  • Controlar a quantidade de açúcar ingerido;
  • Controlar o consumo de sal;
  • Aderir a alimentos ricos em antioxidantes;
  • Preferir alimentos com teor baixo de gordura.
  • Controlar o consumo de bebidas alcoólicas.

Esses cuidados gerais permitirão:

  • Ajudar a facilitar a digestão;
  • Reduzir o risco de hipertensão;
  • Reduzir o risco de diabetes;
  • Contribuir para a melhora do trânsito intestinal;
  • Potencializar a ingestão dos nutrientes para uma alimentação equilibrada.

Quais alimentos são recomendados para pessoas com Parkinson?

  • Água: fundamental, pois evita desidratação, cansaço, mal-estar e tontura. Além disso, contribui para regular a pressão e melhorar a constipação;
  • Ameixas: são ricas em antioxidantes, vitamina A, potássio e fibra. Tratam de maneira eficaz a constipação;
  • Peixes: especialmente sardinha, atum e salmão. Contribuem com a proteína e ômega-3 que são importantes para a saúde cardíaca e neurológica.
  • Azeite de oliva: excelentes para a saúde em geral;
  • Brócolis: além de fibras e antioxidantes, as folhas verdes e o brócolis são ricos em cálcio, ferro, vitamina C e magnésio.
  • Frutas em geral: especialmente mamão, pois a papaína melhora o funcionamento intestinal; 
  • Alimentos ricos em flavonóides: 

uva, morango, maçã, mirtilo, jabuticaba, romã, cereja, ameixa, framboesa e outras frutas de coloração vermelha; frutas cítricas, como limão, laranja, tangerina; espinafre, couve, alho, cebola;

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Caso se sinta mais seguro, consulte um nutricionista, que pode ajudá-lo a planejar cardápios e fazer listas de compras para preparar refeições nutritivas de sua preferência, e que atendam às suas necessidades individuais, incluindo o horário dos seus medicamentos.

Dr. Rubens Cury – Neurologista

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e Tremores

Médico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445

Dr. Rubens Cury Neurologista
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