Pessoas com diabetes tipo II são mais propensas a desenvolverem Parkinson
Postado em: 27/05/2022
A doença de Parkinson é a segunda mais comum em pessoas acima dos 60 anos, por isso, gera grande preocupação.
Existem fatores que tornam as pessoas mais propensas a desenvolverem esta patologia.
Este é o caso de pacientes que possuem o diagnóstico de diabetes tipo II.
Hoje vamos te dar mais informações a este respeito para você ficar bem informado.
Acompanhe!
O que é a doença de Parkinson?
A doença de Parkinson é uma patologia do movimento caracterizada pela degeneração dos neurônios produtores de dopamina.
O resultado da falta de dopamina é o comprometimento da transmissão de informação do cérebro para os membros inferiores e superiores.
A partir disso, surgem os principais sintomas da doença, veja só quais são:
- Lentidão dos movimentos comprometendo atividades simples do cotidiano, como andar e se vestir;
- Rigidez muscular que pode causar dores, especialmente nos ombros;
- Tremores de repouso.
Com o passar do tempo, os sintomas tendem a progredir e afetar cada vez mais as ações rotineiras, ocasionando comprometimento social e da qualidade de vida do paciente.
Esta é uma doença degenerativa e crônica, isto é, não possui cura.
Por isso, as opções de tratamento tem como objetivo retardar a progressão dos sintomas e garantir que o paciente tenha qualidade de vida.
Entre as opções de tratamento estão a realização de atividades físicas regulares e acompanhamento fisioterapêutico para readaptação aos movimentos.
Além disso, medicamentos dopaminérgicos são utilizados para reduzir os sintomas.
Existem intervenções cirúrgicas que podem ser realizadas, este é o caso da estimulação cerebral.
Esta opção é realizada apenas quando o paciente não apresenta redução dos sintomas ao utilizar a medicação.
Quais os fatores de risco para desenvolver a doença de Parkinson?
Existem alguns fatores que podem fazer que o indivíduo seja mais propenso a desenvolver a doença de Parkinson, estes são chamados de fatores de risco.
Um deles é a idade, pessoas acima dos 60 anos são mais propensas a desenvolver Parkinson.
O sexo masculino também apresenta 50% maior probabilidade a ter este diagnóstico do que as mulheres.
Fatores genéticos e histórico familiar também podem ser fatores de risco.
Cerca de 10% a 15% dos casos são resultado de fatores genéticos hereditários, isto é, algum familiar próximo também tinha a doença.
Traumas e lesões no crânio também tendem a ser um fator de risco, assim como a exposição a certos produtos químicos.
Uma lista detalhada pode ser lida aqui.
Além disso, recentemente cientistas descobriram que a diabetes do tipo II também pode ser considerada um fator de risco.
Isso porque a doença propicia o aumento da glicação no cérebro, o que pode agravar, antecipar ou induzir os sintomas da doença de Parkinson.
Os cientistas explicam que, no caso de pessoas jovens com diabetes do tipo II, o risco de desenvolver Parkinson aumenta em até 400%.
Por isso, já existem investigações sobre como utilizar os medicamentos de controle da diabetes para o tratamento de Parkinson, visto que previne a glicação no cérebro. São pesquisas ainda em andamento, em especial no Reino Unido.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445