Formas de proteínas podem ser um biomarcador para a doença de Parkinson

Postado em: 08/02/2023

Segundo dados recentes, a doença de Parkinson afeta cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo.

Isso a torna a segunda doença neurológica mais comum do mundo.

Nesse sentido, o Parkinson é caracterizado por mudanças na função motora da pessoa que é acometida e os principais sintomas motores envolvem:

  • movimento lento;
  • tremores;
  • rigidez;
  • dificuldades para andar;
  • e problemas de equilíbrio.

Existem também sintomas para além da capacidade motora, tais como:

  • declínio na função cognitiva;
  • abalos na saúde mental;
  • problemas de sono;
  • distúrbios sensoriais;
  • demência;
  • entre outros.

Ou seja, falamos aqui de uma doença grave e que ocasiona muitos prejuízos para o paciente e seus familiares.

Confira também: Como conviver com a doença de Parkinson?

Inclusive, a incapacidade e a morte como resultado da doença de Parkinson estão aumentando cada vez mais, ultrapassando os outros distúrbios neurológicos.

De modo que cientistas têm somado esforços para ampliar as alternativas de diagnóstico e tratamento dessa doença, e os resultados têm sido positivos.

No estudo “Parkinson’s: The distinctive shape of some proteins may aid early diagnosis”, publicado pela Medical News Today, podemos aprender mais sobre um novo método de diagnóstico.

E ele poderá servir para que a doença seja identificada mais cedo e, assim, o tratamento preventivo possa ser iniciado, melhorando as expectativas dos pacientes.

Confira também: Doença de Parkinson: perda auditiva pode ser sintoma precoce?

Vamos falar mais sobre esse estudo no próximo tópico!

Como os médicos diagnosticam o Parkinson atualmente?

Atualmente o diagnóstico clínico da doença de Parkinson não é 100% preciso, já que ele envolve a análise de sintomas que podem estar associados a outras condições e distúrbios cerebrais.

Em outras palavras, tremores, lentidão dos movimentos e rigidez dos membros também estão presentes em outros distúrbios cerebrais que afetam o movimento, como atrofia de múltiplos sistemas, tornando difícil dar um diagnóstico definitivo de Parkinson.

Isso faz com que muitas pessoas com Parkinson sejam mal diagnosticadas durante as fases iniciais da condição. 

Apesar de existirem exames de imagem do cérebro, como os exames DAT, que podem ser realizados para ajudar a confirmar o diagnóstico, eles ainda não são amplamente disponíveis.

Ocorre que uma nova pesquisa realizada na Suíça pode oferecer esperanças para o surgimento de um diagnóstico precoce!

Uso de Proteínas como biomarcadores e a Possibilidade de um Diagnóstico Precoce no Parkinson

No estudo anteriormente mencionado, desenvolvido por cientistas da ETH Zurich, na Suíça, encontrou-se um grupo de proteínas no líquido cefalorraquidiano (CSF) que têm formas diferentes em pessoas saudáveis e pessoas com a doença de Parkinson.

Os pesquisadores esperam que estas proteínas possam servir como um biomarcador para a doença de Parkinson.

E isso poderia ser usado para identificar pessoas que estão no caminho de desenvolver a doença no futuro, possibilitando uma detecção precoce da doença, ajudando a iniciar o tratamento mais cedo e melhorar o resultado. 

Além disso, essa descoberta tem o potencial de ajudar a entender por qual motivo há uma variação considerável na progressão da doença de Parkinson entre diferentes indivíduos.

De modo que, em um futuro próximo, poder-se-á desenvolver um tratamento específico para cada paciente de acordo com suas estimativas de progressão da doença.

Quais são os próximos passos do estudo?

O estudo ainda não foi finalizado, sendo que seus próximos passos envolvem a ampliação do grupo de pessoas estudados.

Ou seja, para validar essa descoberta, é preciso que um número maior de pessoas sejam submetidas ao estudo.

E por aqui, nós seguiremos acompanhando as novidades publicadas pelos pesquisadores e te informando sempre que algo relevante surja.

Para isso, acompanhe sempre meu blog e inscreva-se no Canal do Youtube!

Conheça o blog e o Canal no Youtube do Dr. Rubens Gisbert Cury

Conheça o Dr. Rubens Gisbert Cury, Médico Neurologista especializado em Doença de Parkinson e Estimulação Cerebral Profunda. 

Formado pela Universidade de São Paulo (USP) e possui doutorado e pós-doutorado em Neurologia. 

Atualmente, é Médico Assistente do Grupo de Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento no Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da USP.

Para mais informações, visite o blog e o canal do Youtube do Dr. Rubens Gisbert Cury! Marque uma consulta clicando aqui ou entre em contato pelo Whatsapp.

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e Tremores

Médico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
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Dr. Rubens Cury Neurologista
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