Estimulação Cerebral Profunda na doença de Parkinson: Quando os medicamentos não são suficientes
Postado em: 09/09/2024
No tratamento de distúrbios neurológicos, especialmente aqueles que afetam o movimento, como a doença de Parkinson, a resposta aos medicamentos pode, eventualmente, não ser suficiente. A Estimulação Cerebral Profunda (DBS) surge como uma alternativa para os pacientes nesses casos.
Este artigo aborda como e quando a DBS pode ser considerada para melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Continue sua leitura para conferir!
O que é a Estimulação Cerebral Profunda?
A “Estimulação Cerebral Profunda” (Deep Brain Stimulation — DBS) é uma técnica cirúrgica que envolve a implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro.
Estes eletrodos são conectados a um gerador de impulsos que é implantado no tórax, semelhante a um marca-passo cardíaco, que envia impulsos elétricos regulares ao cérebro.
Esses impulsos ajudam a regular as anomalias nos sinais cerebrais que causam sintomas neurológicos.
Identificando candidatos para a DBS
O primeiro passo para considerar a DBS é ter um diagnóstico claro e preciso. Pacientes com doença de Parkinson, distonia ou tremor essencial, que não respondem adequadamente ao tratamento farmacológico, podem ser candidatos a esta intervenção.
É fundamental que um especialista em neurologia avalie o histórico médico, os sintomas atuais e a resposta aos tratamentos convencionais antes de recomendar a Estimulação Cerebral Profunda.
Se você quer avaliar a viabilidade dessa alternativa para o seu caso, não deixe de agendar uma consulta. Vamos conversar pessoalmente sobre suas particularidades!
Quais são os benefícios da Estimulação Cerebral Profunda?
Os benefícios da DBS podem ser transformadores. Muitos pacientes experimentam uma melhora significativa nos tremores, rigidez, bradicinesia e a qualidade do caminhar, por exemplo.
Além disso, alguns conseguem reduzir a dose de seus medicamentos, o que diminui os efeitos colaterais associados a longo prazo..
Como funciona a Estimulação Cerebral Profunda?
O procedimento de DBS é realizado sob anestesia geral e envolve a utilização de técnicas de imagem avançadas para posicionar os eletrodos com precisão milimétrica.
Após a cirurgia, o paciente passará por um período de ajuste, onde os parâmetros dos impulsos elétricos são finamente calibrados para oferecer o máximo benefício com o mínimo de efeitos colaterais.
Quando considerar a DBS?
Se você ou um ente querido têm enfrentado dificuldades crescentes com os sintomas de um distúrbio do movimento apesar do uso de medicamentos, a DBS pode ser uma opção. Ela é especialmente considerada quando:
- Os medicamentos não fornecem alívio consistente.
- Os efeitos colaterais dos medicamentos são incapacitantes.
- Os sintomas afetam significativamente a qualidade de vida.
Como é a preparação para a Estimulação Cerebral Profunda?
Antes de optar pela DBS, é necessário um amplo diálogo com seu neurologista para discutir todos os aspectos do procedimento, incluindo os benefícios esperados e os riscos potenciais.
Uma avaliação completa incluirá exames neurológicos detalhados e, possivelmente, testes de imagem cerebral para garantir que a DBS é apropriada para sua situação específica.
Se você sente que os medicamentos não estão fornecendo o controle necessário sobre os sintomas de sua condição neurológica, ou se os efeitos colaterais estão impactando sua vida, considere discutir a possibilidade de Estimulação Cerebral Profunda com um especialista!
Visite o meu site para mais informações sobre a DBS. Para entender se ela pode ser o tratamento que você procura, agende uma consulta pelo WhatsApp!
Dr. Rubens Cury
Neurologista Especialista em Parkinson
Professor Livre-docente da Universidade de São Paulo
CRM-SP: 131.445
RQE: 64.840
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445