Dois fatores essenciais que devem acompanhar uma pessoa com Parkinson

Postado em: 04/09/2023

Desde os primeiros sintomas da Doença de Parkinson (DP), dois pilares se destacam como fundamentais: persistência e adaptabilidade. A persistência é representada pela força de vontade, determinação e disciplina necessárias para enfrentar os desafios que a condição traz. A adaptabilidade, por sua vez, é a habilidade de se ajustar às mudanças físicas e emocionais impostas pelo distúrbio neurológico. 

Descubra, neste artigo, como esses pilares podem fazer a diferença e melhorar a qualidade de vida de pessoas com Parkinson.

Não perca o vídeo do Dr. Rubens Cury sobre o assunto. Assista agora!

Persistência e rede de apoio

Ter apoio é essencial para qualquer desafio na vida, e com a doença de Parkinson não é diferente. O primeiro dos pilares é a persistência, que se nutre do suporte oferecido pela família, amigos e equipe médica especializada, incluindo o neurologista com expertise em Parkinson. A assistência psicológica é igualmente relevante, considerando a complexidade emocional associada à evolução da DP.

Essa constância envolve a manutenção rigorosa da rotina de tratamento, tomar os medicamentos no horário e aderir a um estilo de vida saudável. Isso compreende o cuidado com a saúde clínica, monitorando fatores como colesterol e hipertensão, que podem influenciar a progressão do Parkinson. 

Adaptabilidade: encontrando maneiras de conviver com limitações

O segundo fator crucial é a adaptabilidade. À medida que o Parkinson progride, o indivíduo pode enfrentar limitações físicas, como rigidez muscular, tremores e movimentos lentos (bradicinesia). Nesse contexto, é importante adaptar-se com o auxílio de profissionais de saúde, como fisioterapeutas e fonoaudiólogos.

É preciso realizar pequenas modificações na própria casa para tornar o ambiente doméstico mais seguro, reduzindo assim o risco de quedas e lesões associadas à doença de Parkinson. Aqui estão algumas dicas: 

Banheiro e cozinha: monte barras de apoio no banheiro e considere chuveiros acessíveis. Adicione maçanetas de alavanca na cozinha e rebaixe balcões para fácil acesso.

Escadas: coloque corrimãos e superfícies antiderrapantes nas escadas, além de sensores de luz.

Dormitórios: instale barras de apoio no quarto e posicione os itens de uso frequente ao alcance.

Modificações gerais: evite pisos escorregadios e móveis instáveis. Garanta boa iluminação em toda a casa. Adaptar o ambiente doméstico pode proporcionar segurança e conforto para quem vive com Parkinson.

Prevenção

Os exercícios físicos podem ser aliados importantes para retardar a progressão do Parkinson e melhorar o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas que enfrentam essa condição.

Entre os benefícios estão o progresso no equilíbrio e na diminuição do tremor, o que evita quedas; redução na rigidez muscular, ampliando a movimentação e diminuindo a dor; atenuação de doenças que podem acompanhar o Parkinson, como a depressão; e aumento da autoconfiança do paciente. 

No entanto, para que isso se verifique, deve-se investir em três frentes: fortificação do sistema cardiovascular e respiratório, aumento da flexibilidade e fortalecimento muscular. O educador físico recomenda a prática de atividades físicas de três a cinco vezes por semana, em sessões de 30 a 60 minutos. Confira as mais indicadas!

1. Alongamento

Exercícios de alongamento para os braços, mãos, pés e pernas são fundamentais para diminuir a rigidez nas articulações. Já os mais avançados, como aqueles realizados em superfícies instáveis, como bolas de pilates, favorecem o equilíbrio. 

2. Caminhada

A caminhada é uma excelente forma de iniciar a prática de atividades físicas, pois é uma atividade simples que não requer equipamentos ou treinamento específico. Você pode aumentar a duração e a intensidade ao longo do tempo.

3. Fortalecimento muscular

Exercícios para fortalecer os músculos inferiores ajudam a prevenir quedas, enquanto os exercícios para membros superiores auxiliam nas tarefas diárias, como carregar sacolas. É crucial ser realista com o paciente, considerando sua fragilidade, e buscar a orientação de um profissional especializado para evitar acidentes.

A continuidade do tratamento medicamentoso é essencial, e a inclusão de atividades físicas complementa a abordagem clínica. 


Se você está em busca de orientações especializadas e tratamento com base em estudos científicos para o Parkinson, entre em contato com o Dr. Rubens Cury, médico neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia e Estimulação Cerebral Profunda (DBS). Possui doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e Universidade de Grenoble, na França. Clique aqui e marque seu horário!

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e Tremores

Médico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
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