Doença de Parkinson: Sintomas e Causas
Postado em: 28/05/2025
A Doença de Parkinson é uma condição neurológica que pode causar sintomas motores, cognitivos e emocionais, mas que pode ser gerenciada com o acompanhamento médico adequado.

A seguir, explico o que é essa condição, o que sabemos sobre suas causas, seus possíveis efeitos e fatores que podem ajudar na prevenção. Continue a leitura para conferir!
O que é a doença de Parkinson?
A “Doença de Parkinson” é um distúrbio progressivo do sistema nervoso que afeta o movimento. Ela ocorre quando células nervosas no cérebro (neurônios) se deterioram ou morrem gradualmente.
Muitos dos sintomas são causados pela perda de neurônios que produzem dopamina, um mensageiro químico no cérebro.
A diminuição da dopamina leva a uma atividade cerebral anormal, podendo resultar em problemas de movimento e outros sintomas da doença de Parkinson.
Quais as causas da doença de Parkinson?
A causa exata da doença de Parkinson é desconhecida, mas vários fatores parecem desempenhar um papel na sua ocorrência, como:
- Genética: alterações genéticas específicas estão ligadas à doença de Parkinson, embora sejam raras, exceto quando muitos membros da família têm a doença.
- Fatores ambientais: a exposição a certas toxinas ou outros fatores ambientais pode aumentar o risco de desenvolver a doença de Parkinson.
O que a doença de Parkinson causa no cérebro?
Muitas mudanças ocorrem no cérebro de pessoas com Parkinson, incluindo:
- Presença de corpos de Lewy: aglomerados de proteínas no cérebro associados à doença de Parkinson.
- Alfa-sinucleína encontrada nos corpos de Lewy: uma proteína encontrada em todos os corpos de Lewy, que ocorre em uma forma aglomerada que as células não conseguem decompor.
- Mitocôndrias alteradas: as mitocôndrias são compartimentos dentro das células que criam a maior parte da energia do corpo. Alterações nas mitocôndrias podem causar danos celulares.
Quais os fatores de risco para a doença de Parkinson?
Os fatores de risco para a doença de Parkinson incluem:
- Idade: o risco aumenta com a idade, geralmente começando por volta dos 50 anos ou mais.
- Genética: ter um ou mais parentes de primeiro grau com a doença de Parkinson aumenta o risco.
- Sexo masculino: os homens têm maior probabilidade de desenvolver a doença de Parkinson do que as mulheres.
- Exposição a toxinas: a exposição contínua a herbicidas e pesticidas pode aumentar ligeiramente o risco.
Quais complicações a doença de Parkinson pode causar?
A doença de Parkinson pode levar a várias complicações, como:
- Dificuldades cognitivas: problemas de memória, linguagem e habilidades de raciocínio.
- Alterações emocionais e depressão: irritabilidade, preocupação, depressão e ansiedade.
- Problemas para engolir e mastigar: dificuldades que podem levar à desnutrição.
- Problemas para dormir e distúrbios do sono: despertar frequentemente durante a noite, pesadelos e sonolência diurna.
- Outros sintomas: problemas na bexiga, constipação, alterações na pressão arterial, perda de olfato, fadiga, dor e sintomas sexuais.
Porém, vale lembrar que nem todos os pacientes irão apresentar necessariamente esses sintomas.
Como prevenir a doença de Parkinson?
Como a causa da doença de Parkinson não é conhecida, não há maneiras comprovadas de preveni-la. No entanto, alguns fatores podem ajudar a se proteger contra ela. São exemplos:
- Exercício: o exercício aeróbico está associado a um menor risco de desenvolver a doença de Parkinson.
- Cafeína: alguns estudos mostram uma ligação entre o consumo de bebidas com cafeína, como café e chá verde, e um risco reduzido de doença de Parkinson.
- Medicamentos: alguns medicamentos, como o ibuprofeno e as estatinas, foram associados a um risco menor da doença. No entanto, essas medicações não devem ser utilizadas sem prescrição ou recomendação de um médico qualificado, pois o uso indiscriminado pode causar várias outras consequências ao corpo e à mente.
A doença de Parkinson pode ser gerenciada com diferentes intervenções, desde o uso de medicamentos específicos até a realização de procedimentos como a estimulação cerebral profunda (DBS). É preciso definir as melhores estratégias para cada paciente junto a um neurologista especializado no assunto, que considere as particularidades do indivíduo e de sua condição para indicar os melhores tratamentos.
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Dr. Rubens Cury
Neurologista Especialista em Parkinson
Professor Livre-docente da Universidade de São Paulo
CRM-SP: 131.445
RQE: 64.840
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação
Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em
Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro
CRM-SP 131445