Doença de Parkinson: perda auditiva pode ser sintoma precoce?
Postado em: 05/12/2022
É verdade que a perda auditiva pode ser sintoma precoce da “Doença de Parkinson”?
Sim, é verdade.
Um estudo recente, publicado em março de 2022, pela revista científica JAMA Neurology divulgou dados que apontam que a perda auditiva pode ser um sintoma precoce da “DOENÇA DE PARKINSON”.
E é sobre isso que iremos falar no texto de hoje!
Fique conosco e confira os seguintes tópicos:
- Doença de Parkinson e a Perda Auditiva: sintoma até então desconhecido
- Quais os benefícios esse estudo pode proporcionar?
- Quais outros sintomas essa doença pode gerar?
- E quais são os tratamentos possíveis para o Parkinson?
- Conheça Rubens Cury, Neurologista e Doutor em Estudos sobre tratamento de Parkinson
Vamos começar.
Doença de Parkinson e a Perda Auditiva: sintoma até então desconhecido
Pesquisadores da Universidade de Queen Mary, em Londres, na Inglaterra, realizaram um estudo que trouxe algumas novidades quando o assunto é Doença de Parkinson.
Eles analisaram dados de mais de um milhão de pessoas entre as décadas de 1990, 2000 e 2010 e compilaram alguns sintomas que as pessoas apresentaram até 10 anos antes do diagnóstico da doença.
De modo que ficou demonstrado que a perda auditiva é um sintoma que acomete pessoas que futuramente serão diagnosticadas com Parkinson.
Leia também: Doença de Parkinson: causas, sintomas e tratamentos
Isso é interessante, já que os pesquisadores conseguiram descobrir sintomas e fatores que até então não estavam ligados ao diagnóstico da doença.
Quais os benefícios esse estudo pode proporcionar?
Saber da existência de mais sintomas e que eles podem surgir até 10 anos antes do diagnóstico da doença pode auxiliar no diagnóstico precoce.
Em outras palavras, isso possibilita que os médicos possam ter mais indícios de que aquela doença irá surgir no futuro e já propor tratamentos e intervenções que irão minorar suas consequências.
Ou seja, quanto antes se descobre a doença, antes pode-se iniciar seu tratamento.
Diferente do que acontece atualmente, quando a pessoa só busca por um diagnóstico quando já está com sinais mais conhecidos do distúrbio neurológico, tais como tremores nas mãos e problemas de memória.
Quais outros sintomas essa doença pode gerar?
Além da perda auditiva, problemas de concentração, tremores e lentidão dos movimentos são frequentes.
A pessoa acometida com Parkinson passa a apresentar lentidão nos movimentos nas mãos para pegar objetos, realizar a higiene pessoal, vestir-se, andar, e realizar as atividades do dia a dia.
De início, o paciente e os familiares notam que as atividades diárias são feitas com maior dificuldade, exigem mais esforço e levam mais tempo que o habitual.
Com o passar dos anos essas dificuldades aumentam, podendo comprometer a marcha, o andar e o equilíbrio.
Por fim, o tremor de repouso também pode surgir e acabar comprometendo a realização de atividades básicas, tais como:
- usar talheres;
- beber água em um copo;
- fazer movimentos finos com as mãos, como abotoar a camisa;
- pegar objetos em geral, mesmo que leves.
E quais são os tratamentos possíveis para o Parkinson?
Atualmente o tratamento da Doença de Parkinson envolve readaptações no cotidiano da pessoa e a realização de atividades físicas de maneira regular.
Isso aliado à medicações dopaminérgicas são consideradas o tratamento “padrão ouro” para a doença.
Leia também: Quando fazer cirurgia de Parkinson?
Em casos selecionados e recomendados por um médico neurologista especializado em Doença de Parkinson, poder-se-á a cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda.
Agora você já sabe que a Doença de Parkinson pode ter como sintoma precoce a perda auditiva!
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Conheça Rubens Cury, Neurologista e Doutor em Estudos sobre tratamento de Parkinson
Me chamo Rubens Cury, sou formado em medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, em 2007.
Conclui minha residência médica em neurologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 2011.
Logo após, obtive o título de Especialista em Neurologia pela Academia Brasileira de Neurologia e, em 2015, o título de Doutor pela Universidade de São Paulo (USP) com tese que o tema central é o tratamento da doença de Parkinson. Em 2017 finalizei meu pós-doutorado, também com foco em Parkinson.
Minha clínica é especializada no diagnóstico e tratamento das patologias do sistema nervoso central, com foco na doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento.
Nossa proposta é oferecer atendimento humanizado e de ponta, com foco nas particularidades de cada paciente.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445