Cirurgia para doença de Parkinson
Postado em: 28/02/2024
A Estimulação Cerebral Profunda (DBS), um procedimento cirúrgico para a doença de Parkinson (DP), pode aliviar sintomas motores e reduzir a necessidade de medicamentos em algumas pessoas. Descubra mais sobre este procedimento neurológico, seu funcionamento e quando é recomendado!
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Estimulação cerebral profunda
A estimulação cerebral profunda (DBS) é o tratamento cirúrgico mais comumente realizado para o Parkinson. Um neurocirurgião coloca finos fios de metal no cérebro, esses fios enviam pulsos elétricos ao cérebro para ajudar a controlar sintomas motores.
Embora transformador para alguns, a cirurgia DBS não é para todos. Este procedimento é aprovado para pessoas que têm doença de Parkinson há quatro anos ou mais e que se beneficiam da medicação, mas apresentam complicações motoras, como tempo “off” significativo (períodos em que os sintomas retornam porque a medicação não está funcionando bem) e discinesia (movimentos involuntários e descontrolados).
O procedimento normalmente funciona melhor para diminuir os sintomas motores de rigidez, lentidão e tremor. Não funciona tão bem para desequilíbrio, congelamento da marcha (incapacidade repentina de se mover ao caminhar) ou sintomas não motores.
A cirurgia de estimulação cerebral profunda é considerada para o tratamento do Parkinson em casos específicos, especialmente quando, mesmo seguindo o tratamento medicamentoso prescrito pelo neurologista, os sintomas persistem e interferem negativamente nas atividades diárias do paciente.
Como a estimulação cerebral profunda funciona?
Especialistas acreditam que a estimulação cerebral profunda regula padrões anormais de sinalização elétrica no cérebro. Para controlar o movimento normal e outras funções, as células cerebrais se comunicam por meio de sinais elétricos. Na doença de Parkinson, esses sinais tornam-se irregulares e descoordenados, o que leva a alterações motoras. O DBS pode interromper esses padrões irregulares de sinalização, permitindo uma comunicação mais suave entre as células e a redução desses sintomas.
Como a cirurgia para doença de Parkinson é realizada?
Uma equipe médica, incluindo um especialista em distúrbios do movimento e um neurocirurgião, realiza uma avaliação extensa antes de considerar a estimulação cerebral profunda para alguém. Eles revisam seus medicamentos e sintomas, examinam o paciente quando está tomando ou não a medicação para Parkinson e fazem exames de imagem cerebral.
Os profissionais podem fazer ainda testes detalhados de memória/pensamento para detectar quaisquer problemas que possam piorar com DBS.
Se o médico recomendar a cirurgia DBS e você estiver considerando o procedimento, converse sobre os benefícios, visto que a experiência de cada pessoa é única. É fundamental também discutir os riscos cirúrgicos potenciais, incluindo sangramento, infecção e acidente vascular cerebral (AVC).
Na cirurgia DBS, o cirurgião coloca fios finos chamados eletrodos em um ou ambos os lados do cérebro, em áreas específicas (no núcleo subtalâmico ou no globo pálido interno), que controlam o movimento. Normalmente, o paciente permanece acordado durante a cirurgia para responder perguntas e realizar determinadas tarefas para garantir que os eletrodos estejam posicionados corretamente.
Uma vez colocados os eletrodos, o cirurgião os conecta a um dispositivo alimentado por bateria (semelhante a um marca-passo cardíaco), que geralmente é colocado sob a pele, abaixo da clavícula. Este dispositivo, denominado neuroestimulador, fornece pulsos elétricos contínuos através dos eletrodos.
Algumas semanas após a cirurgia, um especialista em distúrbios do movimento programa o neuroestimulador para ajudar a tratar os sintomas. O médico ajustará gradualmente as configurações de DBS ao longo do tempo enquanto ajusta os medicamentos. A maioria das pessoas consegue diminuir (mas não descontinuar completamente) as medicações para Parkinson após a DBS.
Procurando tratamentos para Parkinson? A cirurgia de DBS pode oferecer alívio. Converse com o Dr. Rubens Cury sobre como o procedimento pode melhorar a qualidade de vida. Ele é especialista em Parkinson, Tremor Essencial, Distonia e Estimulação Cerebral Profunda (DBS). Possui doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e Universidade de Grenoble, na França. Clique aqui e agende agora sua consulta!
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445