Estimulação cerebral reduz até 80% dos tremores causados pelo Parkinson
Postado em: 13/05/2022
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial acima de 65 anos sofre com a doença de Parkinson.
Esta é uma doença crônica, mas que possui opções terapêuticas que melhoram a qualidade de vida do paciente e retardam a progressão dos sintomas.
Entre as opções de tratamentos está a estimulação cerebral, que tem se mostrado eficaz nos tremores causados pela doença.
Hoje vamos te apresentar um pouco mais sobre este tratamento.
Confira!
O que é a doença de Parkinson?
A doença de Parkinson é uma doença que acomete em geral pessoas acima de 55 anos.
Ela é causada pela redução dos neurônios que produzem a dopamina no cérebro, um neurotransmissor importante para o funcionamento do organismo.
Deste modo, com a falta da dopamina, a transmissão das informações do cérebro para os membros inferiores e superiores são comprometidas, ocasionando a dificuldade nos movimentos.
A principal limitação associada à doença de Parkinson é a lentidão dos movimentos.
Ações como se vestir, andar e outras atividades do dia a dia tornam-se mais vagarosas e difíceis.
Com a progressão da doença, os movimentos são comprometidos de forma significativa, afetando a marcha e equilíbrio.
Além da lentidão, a doença de Parkinson tem como sintomas a rigidez muscular, ocasionando dores.
O tremor de repouso é mais um sintoma que afeta a qualidade de vida do paciente com este diagnóstico.
Este é o sintoma mais associado à doença de Parkinson, no entanto, os impactos gerados pelos tremores têm maior comprometimento social do que funcional.
Os tratamentos para a doença tem como objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente e evitar que os sintomas tenham rápida progressão.
Como a estimulação cerebral pode atuar nos tremores causados pelo Parkinson?
A estimulação cerebral é uma intervenção terapêutica que tem mostrado resultados positivos no tratamento da doença de Parkinson.
Este é um procedimento cirúrgico, no qual são implantados um ou mais eletrodos em regiões específicas do encéfalo.
Os eletrodos são conectados a um gerador chamado de neuroestimulador.
Este equipamento tem como função estimular regiões específicas do cérebro e pode ser utilizada para o tratamento de diversas doenças neurológicas, como:
- Distonias;
- Tremores;
- Doença de Parkinson.
O uso desta técnica para a doença de Parkinson tem como objetivo estimular o núcleo subtalâmico.
É indicado quando o uso de medicações não é suficiente para controlar os sintomas como rigidez, lentidão e tremor.
Isto é, ainda que o paciente faça uso adequado do remédio, os sintomas continuam afetando o cotidiano e qualidade de vida do paciente.
Esta técnica associada a outras intervenções pode garantir a saúde do paciente.
Todos os detalhes da cirurgia, incluindo um vídeo detalhado, pode ser lido aqui.
Quer saber mais sobre a estimulação cerebral? Fale com um especialista no assunto!
Agora você já sabe mais sobre como a estimulação cerebral pode atuar no tremor causado pelo Parkinson.
Caso queira saber mais informações, consulte um especialista em Neurologia, nossa recomendação é o Dr. Rubens Cury, especialista em Parkinson e Estimulação Cerebral Profunda pela USP e pela Universidade de Grenoble na França.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445