2 sinais precoces que podem indicar Parkinson

Postado em: 03/11/2023

Pesquisadores da Universidade Queen Mary, de Londres, no Reino Unido, descobriram que a perda auditiva e a epilepsia podem ser sinais precoces para a doença de Parkinson, fatores que até então não eram ligados ao diagnóstico. O estudo, intitulado Avaliação de fatores de risco e apresentações precoces da doença de Parkinson na atenção primária em uma população diversificada do Reino Unido, é o mais amplo realizado no país sobre o tema. Foi publicado na revista científica JAMA Neurology em 2022 e concluiu também que sintomas mais conhecidos do distúrbio, como tremores nas mãos e problemas de memória, podem surgir até uma década antes do diagnóstico.

2 sinais precoces que podem indicar Parkinson

O trabalho analisou os dados médicos de mais de um milhão de pessoas para compreender como o Parkinson pode se manifestar antes mesmo do aparecimento de sinais mais graves, que normalmente levam o paciente a buscar um diagnóstico. Segundo os pesquisadores, o objetivo era tornar o estudo o mais diversificado possível, evitando assim a sub-representação de determinados grupos. 

Os registros eletrônicos de saúde de mais de um milhão de participantes foram, então, analisados, sendo 1.055 de pacientes com a doença de Parkinson e 1.009.523 de pessoas sem o distúrbio incluídas para comparação.

Os dados analisados eram de moradores da região Leste de Londres, área considerada mais diversa pelos responsáveis pelo estudo, que utilizaram os registros de atendimento primário de saúde da cidade entre 1990 e 2018. Os cientistas levaram um ano para analisar todas as informações e identificaram uma série de sintomas que surgiram até uma década antes dos diagnósticos. Os mais proeminentes foram os já conhecidos tremores nas mãos, até 10 anos antes, e problemas de memória, até cinco anos antes.

No entanto, o mais revelador no trabalho foi a alta incidência de casos de perda auditiva e epilepsia em pacientes que futuramente foram diagnosticados com a doença, sintomas que até então não eram ligados ao diagnóstico de Parkinson. 

Os resultados revelaram novos fatores de risco e sintomas precoces, incluindo a epilepsia e a perda auditiva. A autora principal do estudo, Cristina Simonet, neurologista e doutoranda da Universidade Queen Mary, ressaltou a importância de os profissionais do atendimento primário de saúde estarem cientes dessas associações. Ela enfatizou a necessidade de compreender o quão cedo os sintomas de Parkinson podem surgir. Isso permitirá que os pacientes recebam um diagnóstico mais rápido, possibilitando que os médicos ajam precocemente no controle da condição.

O estudo identificou também que os pacientes com Parkinson eram, em sua maioria, mais velhos que os do grupo de controle, com em média 73 anos contra 40 dos demais participantes. Além disso, aqueles com o diagnóstico eram majoritariamente homens, sendo 60% do total analisado, enquanto nos demais esse percentual era de, em média, 51%. No mundo, a doença afeta cerca de 10 milhões de pessoas, com uma média de 200 mil no Brasil. Depois da doença de Alzheimer, é o segundo distúrbio neurológico mais comum.

De qualquer forma, é válido observar que existem outros sintomas iniciais de Parkinson, como a caligrafia pequena, perda de olfato, dificuldade para andar, constipação, voz baixa, tontura, desmaio e encurvamento.

O que é a doença de Parkinson?

Pessoas com Parkinson não possuem dopamina em quantidade suficiente no cérebro, porque algumas das células nervosas que a produzem estão danificadas. Isso causa sintomas que incluem tremores, movimentos lentos e arrastados e rigidez muscular.

Embora atualmente não haja cura, existem tratamentos disponíveis para ajudar a reduzir os principais sintomas e manter a qualidade de vida pelo maior tempo possível. Detectar a doença ainda mais cedo – antes que os sintomas neurológicos se manifestem e causem danos substanciais nas células cerebrais – pode fazer uma grande diferença.

Se você ou alguém que conhece está experimentando sintomas associados ao Parkinson, não hesite em agendar uma consulta com o renomado neurologista, Dr. Rubens Cury. Ele é especialista em Parkinson, Tremor Essencial, Distonia e Estimulação Cerebral Profunda (DBS). Possui doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e Universidade de Grenoble, na França. Clique aqui e marque seu horário!

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e Tremores

Médico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
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Dr. Rubens Cury Neurologista
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