Quando fazer cirurgia de Parkinson?
Postado em: 11/07/2022
Como você já deve ter ouvido falar, o Parkinson é uma doença neurodegenerativa causada pela queda nos níveis de dopamina no organismo.
Isso quer dizer que indivíduos acometidos pela condição têm a sua capacidade motora e cognitiva afetada com o passar dos anos.
Hoje em dia existem alguns tratamentos que minoram os efeitos do Parkinson, incluindo uma cirurgia corretiva.
Mas, você conhece a cirurgia de Parkinson?
Neste artigo nós iremos explicar o que é esse procedimento e quando ele é necessário.
Como é a cirurgia para o tratamento de Parkinson?
Quando nem os medicamentos nem os tratamentos fisioterápicos e fitoterápicos amenizam os sintomas do Parkinson, a cirurgia é indicada.
Esse procedimento, chamado de Deep Brain Stimulation (DBS), ou Estimulação Cerebral Profunda, em tradução para o português, é considerado invasivo, porém bastante eficaz.
A cirurgia consiste na instalação de dois marcapassos que ficam fixados próximos às clavículas, sob a pele, do paciente com Parkinson.
Esses equipamentos são conectados a eletrodos que, por sua vez, são colocados dentro do cérebro da pessoa através de pequenas incisões no crânio.
Todo o procedimento é feito com o paciente acordado, para que reaja aos estímulos da cirurgia.
Neste caso, a anestesia é aplicada apenas no local onde serão feitas as incisões.
Os eletrodos conectados na cirurgia emitem correntes elétricas fracas para pontos específicos da massa encefálica.
Essas correntes elétricas estimulam o cérebro do indivíduo, devolvendo o controle total de movimentos.
Na verdade, os estímulos do marcapasso servem para reorganizar os padrões cerebrais embaralhados pelo Parkinson.
Vale destacar que a DBS não cura o Parkinson, apenas controla os seus sintomas.
Vantagens do procedimento
A principal vantagem relacionada à realização da DBS é a devolução da qualidade de vida geral do paciente.
Segundo pessoas que já foram submetidas a esse procedimento cirúrgico, acordar após ele é como “nascer de novo”.
Contudo, ainda existem outros benefícios da cirurgia. Veja quais:
- Fim de movimentos involuntários e rigidez muscular;
- Melhora no equilíbrio;
- Fim dos efeitos colaterais dos remédios contra o Parkinson;
- Controle e até cura de outras doenças neuromotoras como a distonia, por exemplo;
- Potencialização do efeito de algumas medicações;
- Entre outros.
Contraindicações e possíveis efeitos colaterais
Segundo especialistas na área, não existem graves efeitos colaterais relacionados à realização da DBS.
Contudo, em cerca de 3% dos procedimentos realizados até hoje em todo o mundo, houveram quadros de infecções e sangramentos cerebrais leves.
Essas pequenas sequelas são de fácil tratamento e não afetam o cérebro do paciente em nenhum grau.
Para que o procedimento seja um sucesso, é necessário que o paciente o faça no tempo certo.
Além disso, a presença de um neurocirurgião especializado é indispensável.
Quando a cirurgia se faz necessária no tratamento de Parkinson?
O tempo certo para fazer a Estimulação Cerebral Profunda é uma dúvida na mente de muitos pacientes de Parkinson.
E, na verdade, nem todas as pessoas acometidas pela doença precisam passar pelo procedimento.
Listamos situações em que a DBS é recomendada. Confira:
- Pacientes que estejam com os movimentos muitos comprometidos pelo Parkinson;
- Indivíduos que desenvolveram intolerância à medicação diária;
- Pessoas que não estejam com lesões neurológicas graves provocadas pela doença.
Vale destacar que se o Parkinson já tiver afetado a cognição do paciente, a cirurgia não pode ser realizada.
Isso vale para indivíduos desmemoriados, por exemplo.
No mais, para determinar a abordagem perfeita para cada caso, o neurocirurgião responsável deve avaliar de perto a condição do paciente.
Em caso de necessidade, faça a cirurgia de Parkinson com quem entende do assunto
O Dr. Rubens Cury é neurologista e especialista em DBS e outros tratamentos para tratamento de Parkinson.
Portanto, em casos de necessidade, o Dr. Cury é o nome certo a ser procurado.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445