Parkinsonismo: o que é e quais os tipos?
Postado em: 04/07/2022
Existem diversos tipos de distúrbios neurológicos que podem acometer o corpo, sobretudo de pessoas mais velhas.
Dentre esses distúrbios, destaca-se o parkinsonismo. Você já ouviu falar nessa condição?
Neste artigo vamos explicar o que é o parkinsonismo, seus diferentes tipos, causas, formas de tratamento e mais algumas informações.
O que é parkinsonismo?
O parkinsonismo, ou os parkinsonismos, são um grupo de distúrbios neuromotores.
Essas condições ganharam esse nome pois os seus sintomas são bastante parecidos com o famoso mal de Parkinson.
No geral, é possível dizer que a raiz desses problemas são inconsistências no neurotransmissor dopamina.
Essas inconsistências causam dificuldades de locomoção, distúrbios cognitivos e de fala, entre outros sintomas.
Os tipos de parkinsonismo
Como citamos anteriormente, existe mais de um tipo de parkinsonismo. Conheça-os abaixo!
Primário
O chamado parkinsonismo primário é proveniente de problemas hereditários e idiopáticos.
Inclusive, o mal de Parkinson como é mais conhecido, na verdade é um parkinsonismo primário.
Secundário
O parkinsonismo secundário geralmente é causado por problemas vasculares e o uso de medicamentos.
Esse subtipo da condição é mais comum em pessoas acima de 75 anos de idade e pode induzir problemas ainda mais graves, como:
- Isquemias;
- Infartos cerebrais;
- Distúrbios neurológicos sérios (geralmente vistos no parkinsonismo farmacológico);
- Entre outros.
Atípico
Podem ser classificados como parkinsonismos atípicos, ou Plus, quadros que não têm origem nas causas vistas nos tipos primário e secundário da doença.
Inclusive, várias outras doenças surgem de parkinsonismos atípicos, que geralmente acometem pessoas acima dos 45 anos de idade. São elas:
- Atrofia de Múltiplos Sistemas (AMS);
- Degeneração Corticobasal (DCB);
- Demência com Corpos de Lewy (DCL);
- Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP);
- Entre outras.
O que causa os parkinsonismos?
Como vimos no tópico acima, existem pelo menos três tipos de parkinsonismo e cada um possui origem em causas específicas.
Contudo, para ficar mais claro o que pode causar esse tipo de condição neurológica, reunimos as suas causas em si. Veja na lista abaixo:
- Doenças hereditárias;
- Falhas genéticas;
- Uso de medicamentos que interrompem a ação da dopamina;
- Doenças como Encefalite Viral, doença de Wilson, Alzheimer e outras;
- Lesões agudas na cabeça (como as causadas em lutas de boxe, por exemplo);
- Intoxicação por metais pesados;
- Infecções cerebrais;
- AVC (Acidente Vascular Cerebral);
- Entre outras.
Quais os sintomas desses distúrbios?
Na lista abaixo você pode conhecer melhor os sintomas do parkinsonismo. Fique atento a eles!
- Tremor em graus variados (principalmente nas mãos);
- Mudanças repentinas e permanentes nas expressões faciais;
- Dificuldades para andar e movimentar os membros;
- Lentidão ao falar;
- Desequilíbrio ao andar e tendência à queda;
- Movimentos involuntários;
- Entre outros.
Indivíduos que foram acometidos por fatores que podem causar o parkinsonismo e em seguida começaram a apresentar algum dos sintomas descritos acima, devem procurar um neurologista o mais rápido possível.
Diagnóstico e tratamento
Para identificar o parkinsonismo, exames precisam ser feitos. Através deles, é possível entender o tipo e a extensão da possível lesão neurológica existente.
Entre os exames usados no diagnóstico dessa condição, estão:
- Testes genéticos;
- Exames laboratoriais;
- Exames de imagem (ressonância magnética, PET-CT cerebral, SPECT TRODAT);
- Entre outros.
Cada tipo de sintoma apresentado motiva um tipo de exame, ou uma série de exames específica.
O objetivo é identificar o que está causando os sintomas e afastar a possibilidade de outras doenças, como AVC, por exemplo.
Se algum tipo de parkinsonismo for identificado, a sua causa deve ser indicada para que se comece o tratamento.
Os tratamentos consistem no ataque à causa do parkinsonismo em si. E como vimos acima, muitos fatores podem causar essa condição.
Em quadros mais leves, o tratamento da causa do problema pode reverter a doença e não deixar nenhuma sequela.
Como exemplo, se o uso de determinado medicamento diminui a atuação da dopamina, ele deve ser interrompido para que o neurotransmissor faça o seu trabalho.
Entretanto, existem casos em que a doença lesiona partes do sistema neurológico, tornando- se irreversível.
Nestes casos, o paciente precisará conviver com o parkinsonismo e adotar hábitos como:
- Praticar atividades físicas e manter-se ativo;
- Simplificar tarefas diárias;
- Eliminar trabalhos braçais;
- Permanecer em ambientes seguros;
- Seguir as recomendações de um neurologista.
Procure ajuda especializada!
Em casos de suspeita de parkinsonismo, procure ajuda com quem entende do assunto.
O Dr. Rubens Cury é neurologista e tem a sua tese de doutorado baseada justamente em tratamentos para a doença de Parkinson.
Ou seja, o Dr. Rubens entende profundamente o assunto e pode ajudar a reverter e tratar quadros de parkinsonismo.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445