30 sintomas pouco conhecidos do Parkinson
Postado em: 07/08/2023
Uma pesquisa encomendada pela ONG Cure Parkinson’s revelou que existem cerca de 30 sintomas que podem ser indicativos do Parkinson. No entanto, a maioria das pessoas só reconhece dois: tremores e problemas de equilíbrio. Isso destaca a importância de aumentar a conscientização sobre a ampla gama de sinais associados a essa condição neurológica.
O levantamento realizado no Reino Unido constatou que, entre os entrevistados, apenas 69% e 52% associaram corretamente esses dois sintomas à doença, respectivamente.
Rigidez, lentidão de movimentos e problemas oculares, como visão turva, também foram mencionados com frequência pelos participantes. Mas uma lacuna sobre diversos outros sintomas é evidente.
Os dados mostram que 74% não sabiam que depressão, ansiedade ou dor poderiam indicar um sinal potencial da doença; 83% das pessoas não tinham conhecimento que perder o olfato é um sinal provável – que pode aparecer anos antes de outros se desenvolverem, tornando-o um indicador importante para o diagnóstico precoce da doença de Parkinson.
Outro dado intrigante é que 66% não sabiam que o congelamento físico, ou a incapacidade temporária de se mover, poderia ser um sinal de alerta. Além disso, 87% não tinham ideia de que uma redução no tamanho da caligrafia também poderia ser um sinal da condição.
É importante destacar que um em cada três adultos que participaram da pesquisa disse conhecer alguém com Parkinson.
Veja quais são os 30 sintomas do Parkinson
1. Tremor em repouso
2. Rigidez
3. Lentidão de movimento
4. Problemas de equilíbrio, por exemplo, queda
5. Dificuldade para andar ou arrastar as pernas
6. Tontura
7. Congelamento do movimento
8. Distonia
9. Cãibras musculares
10. Dor
11. Problemas de sono ou insônia
12. Fadiga
13. Postura curvada ou encurvada
14. Pressão arterial baixa
15. Pernas inquietas
16. Problemas intestinais, incluindo prisão de ventre
17. Incontinência urinária
18. Perda do olfato
19. Problemas de pele, por exemplo, sudorese ou seborreia
20. Suavização ou voz baixa
21. Problemas de fala ou comunicação
22. Problemas sexuais
23. Problemas oculares, como visão turva
24. Problemas nos pés, por exemplo, rigidez, edema e marcha plana
25. Caligrafia menor
26. Dificuldade para engolir
27. Salivação excessiva
28. Demência
29. Falta de concentração
30. Depressão e ansiedade, incluindo alterações de humor e de personalidade.
Doença de Parkinson
O Parkinson é uma doença neurológica crônica e progressiva, que afeta principalmente a parte motora. A condição causa degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra.
Essa área é responsável por produzir a dopamina, neurotransmissor associado ao movimento do corpo. A baixa dopamina afeta a capacidade motora do paciente.
A doença de Parkinson é mais comum a partir dos 65 anos, mas existem casos em que ela se manifesta precocemente, antes inclusive dos 40 anos.
Quais são os tratamentos disponíveis para o Parkinson?
Os tratamentos mais comuns envolvem o uso de medicamentos que visam estimular a dopamina cerebral e diminuir a degradação do neurotransmissor. Essa abordagem pode ser adotada isoladamente ou combinada com outras estratégias.
No início da doença, geralmente, é prescrita uma medicação e, com o passar do tempo, é necessário aumentar tanto a dosagem quanto associar outros fármacos para manter os sintomas do Parkinson sob controle.
Existe também a possibilidade de realizar a Estimulação Cerebral Profunda ou Deep Brain Stimulation (DBS) em inglês. Durante a cirurgia são implantados, primeiramente, dois eletrodos em áreas do cérebro, que serão estimuladas por um gerador de pulsos colocado sob a pele na região da clavícula.
Os impulsos elétricos são enviados do gerador até o cérebro, modulando a atividade de estruturas nervosas responsáveis pelos sintomas do Parkinson. A grande vantagem da cirurgia DBS é a redução na quantidade de remédios utilizados, minimizando os efeitos colaterais associados.
A cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda tem critérios específicos. É necessário um diagnóstico preciso de Parkinson e avaliar a eficácia das medicações. Outro critério avaliado é a qualidade de vida do paciente devido a sintomas como tremores, dor e mobilidade reduzida. Geralmente, é recomendado pelo menos cinco anos de diagnóstico de Parkinson para uma avaliação precisa.
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O Dr. Rubens Cury é médico neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia e Estimulação Cerebral Profunda (DBS). Possui doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e Universidade de Grenoble, na França. Entre em contato e agende sua consulta!
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445