Quando considerar a estimulação cerebral profunda para o tratamento de tremores

A Estimulação Cerebral Profunda, ou DBS (sigla em inglês para Deep Brain Stimulation), surge como uma opção promissora no tratamento do tremor essencial, sujeita a uma avaliação médica criteriosa. Este método consiste na modulação neuronal através de eletrodos implantados no cérebro.

Neste texto, vamos explorar em detalhes essa intervenção destinada a pacientes com tremores. Continue a leitura para obter mais informações!

Quando considerar a estimulação cerebral profunda para o tratamento de tremores

O que é estimulação cerebral profunda?

Estimulação cerebral profunda (DBS) é uma intervenção médica utilizada no tratamento de distúrbios neurológicos, como tremor essencial, doença de Parkinson e distonia. Este procedimento envolve a implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro, conectados a um dispositivo gerador de pulsos semelhante a um marca-passo, implantado sob a pele.

Os impulsos elétricos buscam regular ou controlar a atividade neuronal anormal, proporcionando alívio dos sintomas. Além disso, podem ajustar os desequilíbrios químicos no cérebro que causam diversas condições. A cirurgia DBS tem demonstrado eficácia na melhoria da qualidade de vida de pacientes que não respondem bem aos tratamentos convencionais.

O sistema DBS compreende três componentes distintos:

  • Eletrodo de estimulação: uma estrutura metálica fina, com diâmetro médio de 1 mm, inserida por meio de uma pequena abertura no crânio e implantada em uma área específica do cérebro.
  • Cabo de conexão: passa sob a pele da cabeça, pescoço e ombros, conectando o eletrodo ao gerador de pulso interno.
  • Gerador de pulso interno (bateria ou marca-passo): a terceira peça do sistema, geralmente implantada sob a pele na parte superior do tórax.

Como funciona a estimulação cerebral profunda para tremor essencial?

O tremor essencial, caracterizado por movimentos involuntários e rítmicos, especialmente nas mãos, pode encontrar na estimulação cerebral profunda uma abordagem terapêutica promissora. Durante o procedimento, eletrodos finos são inseridos em áreas do cérebro responsáveis pelo controle do movimento. Esses eletrodos conectam-se a um dispositivo implantado sob a pele, fornecendo estímulos elétricos controlados.

A cirurgia DBS, direcionada ao tálamo ventral intermediário, região associada ao controle motor, tem se mostrado eficaz no contexto do tremor essencial. Ao modular a atividade neural anormal com correntes elétricas de baixa frequência e amplitude, a DBS busca reduzir a intensidade e frequência dos tremores, proporcionando assim alívio aos pacientes.

Benefícios da estimulação cerebral profunda

Alternativa para indivíduos sem resposta: a cirurgia DBS pode ser considerada para aqueles que não obtiveram sucesso com abordagens tradicionais, como medicamentos.

Flexibilidade bilateral: pode ser realizado em um ou ambos os lados do cérebro, dependendo dos sintomas apresentados pelo paciente.

Reversibilidade e personalização: os efeitos são reversíveis e podem ser personalizados individualmente de acordo com o estado clínico de cada paciente.

Ajustes para minimizar efeitos colaterais: as configurações de estimulação podem ser modificadas ao longo do tempo para diminuir potenciais efeitos colaterais, otimizando a eficácia do tratamento.

Controle contínuo dos sintomas: o dispositivo oferece gestão contínua e eficiente dos sintomas, proporcionando às pessoas com tremores controle 24h por dia.

Compatibilidade com outros tratamentos: pacientes que passaram pela DBS podem participar de outros tratamentos, como terapia genética ou células-tronco, quando disponíveis, ampliando as opções de cuidado e abordagens terapêuticas.

O que é importante saber sobre a estimulação cerebral profunda para tremor essencial?

É importante entender que a estimulação cerebral profunda não é uma cura definitiva para o tremor essencial. Embora muitos pacientes experimentem uma redução significativa nos sintomas, a abordagem não elimina completamente a condição.

Como todo procedimento cirúrgico, a DBS apresenta riscos e complicações potenciais, exigindo uma avaliação cuidadosa dos benefícios em comparação com os riscos antes de decidir pelo procedimento.

Em resumo, a estimulação cerebral profunda representa uma inovação no tratamento do tremor essencial, oferecendo uma opção terapêutica personalizável. Sua recomendação deve ser considerar as particularidades de cada caso, buscando o melhor para os pacientes.

Se a busca por soluções eficazes para o tremor essencial é o seu foco, marque agora uma consulta com o Dr. Rubens Cury, especialista em Parkinson, Tremor Essencial, Distonia e Estimulação Cerebral Profunda (DBS). Possui doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e Universidade de Grenoble, na França.

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