Novas Perspectivas no Tratamento da Doença de Parkinson

Postado em: 02/06/2025

A Doença de Parkinson é um dos distúrbios neurodegenerativos mais estudados nas últimas décadas. A busca por tratamentos que não apenas controlem os sintomas, mas também modifiquem a progressão da doença, tem se tornado cada vez mais intensa.

Novas Perspectivas no Tratamento da Doença de Parkinson

Embora a levodopa continue sendo a base do tratamento farmacológico, novas estratégias terapêuticas têm surgido, incluindo medicamentos mais modernos, abordagens cirúrgicas refinadas e terapias focadas em neuroproteção.

A seguir, confira novas perspectivas para o tratamento da doença de Parkinson!

Avanços nas terapias farmacológicas para doença de Parkinson 

Nos últimos anos, novos medicamentos têm sido desenvolvidos para oferecer um controle mais refinado dos sintomas motores e não motores da Doença de Parkinson

Algumas inovações incluem:

  • Inibidores de catecol-O-metiltransferase (COMT): como o opicapone, que prolonga a ação da levodopa e reduz o tempo “off”.
  • Agentes de ação prolongada: como o safinamida, que combina propriedades dopaminérgicas e não dopaminérgicas, melhorando sintomas motores e sintomas como dor e fadiga.
  • Terapias de reposição enzimática: estudos estão em andamento para investigar a administração direta de enzimas ou proteínas que possam proteger os neurônios dopaminérgicos.

Essas abordagens buscam minimizar as flutuações motoras e reduzir os efeitos colaterais associados ao uso crônico da levodopa.

Agende uma consulta para entendermos se essas alternativas são indicadas no seu caso!

Novas tecnologias em procedimentos cirúrgicos

A Estimulação Cerebral Profunda (DBS) permanece como uma das intervenções mais eficazes para pacientes com doença avançada, especialmente aqueles que sofrem com flutuações motoras graves. 

No entanto, os avanços recentes têm tornado o procedimento ainda mais seguro e personalizado, trazendo:

  • Sistemas adaptativos de DBS (DBS): dispositivos que ajustam a estimulação em tempo real, conforme a atividade elétrica cerebral, melhorando o controle dos sintomas e reduzindo efeitos adversos (ainda não foi lançado no Brasil).
  • Melhorias no planejamento cirúrgico: com o uso de imagens de alta resolução e algoritmos de inteligência artificial para posicionamento mais preciso dos eletrodos.

Outro grande destaque é o uso do ultrassom de alta intensidade (HIFU) como alternativa para o controle de tremores refratários. 

O HIFU permite a ablação de estruturas cerebrais específicas sem necessidade de cortes ou implantes, utilizando ondas ultrassônicas focadas guiadas por ressonância magnética. 

O HIFU é eficaz para o tremor, tanto no contexto da doença de Parkinson quanto do Tremor Essencial.

Venha conversar e tirar dúvidas sobre essas abordagens!

Futuro: terapias regenerativas e genéticas

As pesquisas com terapias gênicas e regenerativas continuam a avançar. Algumas das abordagens mais promissoras incluem:

  • Terapia gênica para restaurar a função dopaminérgica: com vetores virais que levam genes diretamente aos neurônios afetados.
  • Transplante de células-tronco: tentando substituir as células nervosas perdidas por novas células produtoras de dopamina.
  • Vacinas contra proteínas anormais: em desenvolvimento para prevenir a formação de agregados de alfa-sinucleína, proteína associada à degeneração neuronal no Parkinson.

Essas terapias ainda estão em fase experimental, mas abrem caminhos animadores para, no futuro, modificar o curso da doença.

O tratamento da doença de Parkinson caminha para ser cada vez mais individualizado, com opções terapêuticas que não apenas controlam os sintomas, mas também buscam proteger e restaurar a função neural. Manter-se informado sobre as novas possibilidades permite uma abordagem mais estratégica para pacientes e seus familiares.

Se você quer discutir as abordagens mais adequadas para o seu caso, não deixe de agendar uma consulta! É só entrar em contato para marcar seu horário.

Dr. Rubens Cury
Neurologista Especialista em Parkinson
Professor Livre-docente da Universidade de São Paulo
CRM-SP: 131.445
RQE: 64.840

Leia também:

Explorando os Resultados Positivos do Ultrassom (HIFU) no Tratamento dos Tremores do Parkinson

Segunda Opinião Médica em Casos de Parkinson: Quando Procurar

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