Estimulação cerebral traz benefícios no tratamento da dor crônica?

Dores crônicas ocorrem em qualquer parte do corpo, duram a partir de três meses (podendo persistir por anos) e podem ir e vir, aparentemente sem causa. Atinge cerca de 37% dos brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor. E é a principal causa de afastamento de trabalho no homem adulto, tornando-se um problema que deve ser combatido pelos avanços da medicina.

O principal mecanismo da dor crônica é chamado de sensibilização central, ou seja, o registro persistente do cérebro à dor. Por mecanismos genéticos, algumas pessoas são sensíveis a desenvolver a sensibilização central: o cérebro continua registrando a dor apesar do foco inicial já não existir. 

Vários remédios já foram desenvolvidos para ajudar neste processo fisiopatológico da dor crônica, mas a verdade é que apesar dos remédios ajudarem, muitos pacientes sentem efeitos colaterais com as medicações e acabam não tratando corretamente. As técnicas de neuromodulação mais utilizadas para tratar dor crônica são:

Estimulação Magnética Transcraniana Repetiva (EMTr): técnica não invasiva que gera um campo magnético através de uma bobina ligada a um aparelho com corrente rápida repetitiva em alta frequência (10 a 30 Hz) ou corrente lenta em baixa frequência (1 a 5 Hz), que equilibra determinada região do cérebro delimitado pelo médico.

Estimulação Cerebral Profunda (DBS): consiste em uma cirurgia com implante de eletrodos em uma região específica do cérebro responsável pelo controle da dor. Os estímulos elétricos nesta região inibem a sensação dolorosa. Os eletrodos são acoplados a um gerador semelhante ao de um marcapasso cardíaco, que fica alojado abaixo da clavícula.

A melhor opção de tratamento para o seu caso depende do seu tipo de dor, da intensidade e da resposta aos demais tratamentos empregados. Consulte o neurologista Dr. Rubens Cury, especialista em Parkinson e cirurgia de DBS.

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