A Estimulação Cerebral Profunda é uma opção para mim? Entendendo a seleção de pacientes

Postado em: 16/12/2024

A Estimulação Cerebral Profunda é uma opção para mim Entendendo a seleção de pacientes

A Estimulação Cerebral Profunda (Deep Brain Stimulation, ou DBS) é um tratamento que tem sido indicado para condições neurológicas como a doença de Parkinson e o tremor essencial, entre outras condições. 

Apesar de seus benefícios comprovados, nem todos os pacientes são candidatos ideais para esse procedimento. 

Entender o processo de seleção é essencial para tomar uma decisão informada sobre o tratamento.

Neste artigo, vou comentar os critérios de seleção para a DBS, explicando quando ela é indicada, com foco especial na doença de Parkinson. 

O objetivo é oferecer informações claras e baseadas em evidências para ajudar pacientes e familiares a compreenderem se essa abordagem pode ser adequada para seu caso. Vamos lá?

Cirurgia de DBS para doença de Parkinson: quando é indicada?

A Estimulação Cerebral Profunda é uma opção para pacientes com doença de Parkinson que já não apresentam uma resposta consistente aos medicamentos ou que enfrentam efeitos colaterais significativos. 

No entanto, há critérios específicos que ajudam a determinar sua indicação.

Quando considerar a DBS?

A cirurgia de DBS costuma ser recomendada para pacientes em estágios intermediários ou avançados da doença, que apresentam:

  • Tremores resistentes a medicamentos: Quando os tremores não podem ser controlados mesmo com o uso correto de medicamentos como a levodopa.
  • Flutuações motoras: Alternância entre períodos de mobilidade normal e episódios de rigidez ou movimentos involuntários (discinesias).
  • Efeitos colaterais severos dos medicamentos: Pacientes que sofrem com náuseas, alucinações ou outros efeitos adversos podem encontrar alívio com a DBS.

Agende uma consulta para conversarmos sobre o seu caso!

Quem não é candidato à DBS?

Nem todos os pacientes são elegíveis para a cirurgia de estimulação cerebral profunda

Condições que podem excluir a indicação incluem:

  • Demência avançada: Comprometimento cognitivo significativo reduz os benefícios esperados.
  • Condições médicas graves: Problemas cardíacos ou pulmonares que aumentam o risco cirúrgico.
  • Falta de benefício prévio com medicamentos dopaminérgicos: A DBS tende a ser menos eficaz em pacientes que não responderam aos medicamentos, pois a cirurgia atua nos mesmos circuitos cerebrais.

Marque um horário para entendermos as melhores alternativas para você!

O processo de avaliação para a DBS

Antes de recomendar a estimulação cerebral profunda, o paciente passa por uma avaliação rigorosa realizada por uma equipe multidisciplinar.

Exames clínicos e neurológicos

Os médicos avaliam o histórico completo do paciente, incluindo a resposta aos medicamentos, duração dos sintomas e possíveis complicações associadas à doença de Parkinson.

Exames de imagem

Ressonâncias magnéticas ou tomografias ajudam a identificar possíveis contraindicações, como alterações estruturais no cérebro.

Avaliação psicológica

Testes cognitivos e avaliações psiquiátricas são realizados para assegurar que o paciente está emocional e mentalmente preparado para o procedimento e seu pós-operatório.

Outros fatores que influenciam a decisão

Além dos critérios médicos, outros aspectos são considerados na seleção de pacientes, como:

  • Idade: A DBS é mais frequentemente indicada para pacientes com menos de 75 anos, embora casos individuais possam variar.
  • Estilo de vida: Pacientes que buscam mais independência.
  • Expectativas realistas: O paciente e seus familiares devem compreender que a DBS não é uma cura, mas uma forma de controlar os sintomas.

Convido você a vir conversar sobre o seu caso e suas alternativas!

Essas são algumas das considerações sobre a estimulação cerebral profunda. É sempre importante discutir as particularidades de cada caso com um especialista para entender se há ou não recomendação desse tratamento.

Convido você a visitar meu site para mais informações. Também podemos agendar uma consulta: é só entrar em contato pelo WhatsApp!

Dr. Rubens Cury
Neurologista Especialista em Parkinson
Professor Livre-docente da Universidade de São Paulo
CRM-SP: 131.445
RQE: 64.840

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e Tremores

Médico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445

Dr. Rubens Cury Neurologista
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