Distonia generalizada: o que é e quais os sintomas?

Postado em: 17/07/2023

Distonia é um distúrbio neurológico caracterizado por contrações musculares prolongadas que causam torção e movimentos repetitivos ou posturas anormais. Os espasmos musculares da distonia podem ser dolorosos e interferem nas atividades diárias dos pacientes. A causa exata da distonia não é totalmente conhecida.

Normalmente, a distonia é categorizada com base distribuição corporal:

Distonia focal: afeta uma área do corpo.
Hemidistonia: afeta um lado do corpo.
Distonia segmental: afeta duas ou mais áreas contíguas do corpo.
Distonia generalizada: afeta todo o corpo.

Neste texto, vamos abordar o que é, quais são os sintomas e como tratar a distonia generalizada. Continue a leitura e descubra! 

O que é distonia generalizada?

A distonia generalizada atinge mais de uma região do corpo, geralmente acometendo músculos do tronco, membros, pescoço ou face. Por isso, pacientes com o distúrbio costumam ter dificuldade de locomoção e de controlar os movimentos corporais.

Os principais sinais da distonia generalizada são:

  • Torções no pé e braço;
  • Movimentos rápidos e até rítmicos;
  • Torção do tronco na caminhada.

Em algumas pessoas, a condição causa dor e, quando não tratada, gera problemas ortopédicos nas articulações e nos músculos.

Estes sintomas podem acontecer constantemente ou em episódios. Além disso, a ocorrência da distonia generalizada pode ser associada a doenças genéticas e metabólicas complexas.

Quais as causas da distonia generalizada?

Em geral, distonias generalizadas começam na infância e na adolescência e podem ser acompanhadas por sintomas neurológicos adicionais. Em grande parte dos casos, seus primeiros sintomas podem surgir como uma torção no pé ou na perna – ou ao perceber uma criança que anda na ponta dos pés.

As causas comuns da distonia generalizada são infecções, exposição a determinados tipos de substâncias, alterações genéticas e lesões no cérebro.

Existem ainda distonias generalizadas de causa secundária, quando as manifestações ocorrem somente em um lado do corpo. Elas são comumente acompanhadas por outros sinais, dependendo da extensão da lesão no sistema neurológico.

É importante reforçar que, em muitos pacientes, a origem da doença nem sempre é identificada. 

Como a distonia generalizada é diagnosticada?

O diagnóstico da distonia generalizada é um procedimento minucioso realizado por um neurologista especializado em distúrbios do movimento. Esse processo inclui uma série de etapas fundamentais para identificar e compreender a natureza dessa condição neurológica complexa.

A primeira etapa do diagnóstico envolve uma detalhada análise da história clínica do paciente, incluindo qualquer histórico familiar de distonia ou condições neurológicas relevantes. Um exame físico minucioso é conduzido para observar os movimentos anormais e posturas distintas que são característicos da distonia generalizada.

Exames de imagem, como a tomografia cerebral e a ressonância magnética, são empregados para avaliar o cérebro e descartar outras possíveis causas para os sintomas. Estes exames visam identificar anomalias estruturais ou lesões cerebrais que possam estar associadas à distonia.

Em alguns casos, testes genéticos podem ser solicitados para investigar alterações genéticas específicas que estão relacionadas à distonia generalizada. Esses testes auxiliam na compreensão da causa subjacente da condição.

A eletroneuromiografia é um exame complementar valioso, permitindo ao médico diferenciar movimentos distônicos de outros tipos de contrações e espasmos musculares. 

Tratamento para distonia: opções e estratégias

O tratamento da distonia visa aliviar as contrações musculares, reverter movimentos e posturas anormais, além de reduzir a dor associada e prevenir deformidades.

A toxina botulínica é a opção preferencial e reconhecida para tratar a maioria das distonias. A substância relaxa a musculatura hiperativa, resultando em melhora significativa dos sintomas.

Medicamentos são opções usadas para relaxar os músculos afetados, frequentemente combinados com fisioterapia e técnicas de relaxamento.

Em casos graves e resistentes, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) é uma alternativa. Indicada para pacientes que não tiveram resultados satisfatórios com medicamentos e toxina botulínica.

Quer saber qual é o tratamento ideal para você? O Dr. Rubens Cury é médico neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia e Estimulação Cerebral Profunda (DBS). Possui doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo, pós-doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e Universidade de Grenoble, na França e é Professor Livre-Docente pela USP. Clique aqui e marque seu horário

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