Distonia: como a toxina botulínica pode ser usada no tratamento?
Postado em: 25/07/2022
A toxina botulínica, também conhecida como botox, tem sido usada amplamente em procedimentos estéticos.
Porém, as propriedades dessa substância vão muito além de benefícios contra a flacidez da pele ou o desgaste capilar.
A distonia, um tipo de distúrbio neurológico, pode ser tratado com o botox, por exemplo.
Continue lendo esse conteúdo para entender sobre o que estamos falando!
O que é distonia?
A distonia é, na verdade, um grupo de distúrbios neurológicos que afetam os movimentos do corpo.
Essa condição provoca espasmos musculares involuntários, paralisia em alguns músculos e sintomas adjacentes, como queimação e dor localizada.
Além disso, a distonia pode ser hereditária ou ocasionada por outros distúrbios neurológicos.
Existem ainda três tipos da doença. São eles:
- Focal: quando aparece em locais isolados do corpo, como lábios, olhos, mãos, etc;
- Segmentar: quando aparece em mais de um locais do corpo ao mesmo tempo;
- Multifocal: quando atinge múltiplas áreas do corpo, mesmo que não tenham ligações, como ambas as pernas ou braços.
Para identificar a distonia e apontar o seu tipo, um médico neurologista deve ser consultado assim que os primeiros sintomas aparecerem.
O que é a aplicação de toxina botulínica para tratamento de distonia?
A aplicação de toxina botulínica é o principal tratamento para combate à distonia.
O procedimento é feito através de injeções da substância no local onde a distonia está instalada.
O tipo de distonia que melhor responde a esse método é a distonia focal, por ser menos complexa que outros tipos da doença.
Com isso, pacientes com distonias oromandibular, de escrivão, espasmódica e outras que tenham ação isolada, costumam dar os principais relatos sobre o sucesso da aplicação de toxina botulínica.
Como é feito o procedimento?
Como citamos acima, a aplicação do botox para combate à distonia acontece por meio de uma injeção localizada.
O especialista responsável pelo procedimento deve identificar o músculo correto e administrar uma quantidade adequada da toxina para o grau de distonia encontrado.
Os efeitos da aplicação podem ser notados entre 24h e 72h após a realização do procedimento, e podem durar até 6 meses.
Com o passar do tempo, a distonia é cada vez mais suprimida pelo tratamento, até que se torne mais branda ou até desapareça.
Quais são os efeitos do tratamento?
A toxina botulínica é extraída da bactéria Clostridium botulinum, que na verdade são nocivas à saúde humana.
Contudo, ensaios laboratoriais possibilitam a reversão dos efeitos da neurotoxina, trazendo benefícios ao corpo.
O botox age diretamente nos terminais nervosos que ficam sob a pele e junto a tendões e músculos, normalizando seu comportamento, mesmo que temporariamente.
Esse produto natural é indicado para o combate à distonia por desativar os moduladores que provocam os espasmos característicos da doença.
Quando esse tipo de tratamento é indicado?
O uso de toxina botulínica para tratar a distonia só é indicado em casos extremos, onde o distúrbio está afetando a qualidade de vida do indivíduo.
Ainda assim, para aderir ao método é necessário passar por exames clínicos.
Afinal, nem todos os organismos reagem da mesma forma aos tratamentos existentes.
Existem contraindicações?
A principal e talvez única contraindicação para o uso de botox contra a distonia é para pessoas alérgicas à neurotoxina.
Esses indivíduos podem ficar seriamente intoxicados caso façam uso da substância.
No mais, é possível que as aplicações gerem edemas, hematomas, inchaços e outros tipos de irritações.
Esses efeitos são resultado de uma reação do corpo à toxina botulínica, que em certo grau agride as estruturas que toca.
Com o uso de analgésicos e medicamentos de uso tópico, esses efeitos colaterais podem ser resolvidos facilmente.
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A clínica do Dr. Rubens Cury é o lugar certo para tratar distonias.
O Dr. Cury é um neurologista especializado em vários tipos de tratamentos para doenças neurológicas, incluindo a aplicação de botox.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445