DBS: próximos passos após o diagnóstico de condições neurológicas
Postado em: 10/02/2025
Ser diagnosticado com uma condição neurológica pode trazer dúvidas e preocupações.
Muitas vezes, pacientes com doenças como a doença de Parkinson, tremor essencial e distonia se perguntam sobre as opções de tratamento, especialmente quando os sintomas progridem ou deixam de responder adequadamente aos medicamentos.
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A estimulação cerebral profunda (deep brain stimulation — DBS) é uma alternativa promissora para esses casos.
Este artigo vai ajudá-lo a entender os próximos passos após o diagnóstico e como a DBS pode ser incorporada no planejamento do tratamento.
Continue a leitura para saber mais!
O que é a estimulação cerebral profunda (DBS)?
A “DBS“ é uma técnica neurocirúrgica utilizada para tratar diversas condições neurológicas.
Ela envolve a implantação de eletrodos no cérebro, conectados a um dispositivo semelhante a um marcapasso, que envia estímulos elétricos controlados para áreas específicas do sistema nervoso.
Essa estimulação elétrica ajuda a regular sinais anormais no cérebro, reduzindo sintomas como tremores, rigidez e movimentos involuntários.
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Avaliação médica após o diagnóstico
Após o diagnóstico de uma condição neurológica que pode se beneficiar da DBS, o primeiro passo é realizar uma avaliação médica detalhada.
Os médicos irão considerar fatores como:
- A gravidade e progressão dos sintomas.
- A resposta (ou falta de resposta) aos medicamentos.
O objetivo é determinar se a DBS é uma opção viável e segura para o paciente.
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Benefícios da DBS para condições neurológicas
Para pacientes que já não encontram alívio adequado com medicamentos, a DBS oferece uma solução interessante, podendo ter benefícios como:
- Redução significativa dos sintomas motores: Pode melhorar tremores, rigidez e movimentos involuntários.
- Ajustes personalizados: A intensidade da estimulação pode ser ajustada conforme a necessidade do paciente.
- Menor dependência de medicamentos: Muitos pacientes conseguem reduzir a dosagem de remédios, reduzindo efeitos colaterais.
Preparação para a cirurgia de DBS
Se a DBS for recomendada, a próxima etapa será a preparação para o procedimento.
Isso inclui:
- Exames clínicos e de imagem: Ressonância magnética e tomografia computadorizada ajudam a mapear as áreas do cérebro que serão tratadas.
- Consulta multidisciplinar: Neurologistas, neurocirurgiões e outros profissionais de saúde avaliarão todos os aspectos do caso.
- Orientação psicológica: Muitos pacientes passam por avaliações psicológicas para assegurar que estão emocionalmente preparados para o tratamento.
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Recuperação e acompanhamento após a DBS
Após a cirurgia, o dispositivo será programado para oferecer a estimulação mais eficaz possível.
Esse ajuste inicial pode levar algumas semanas e requer consultas regulares com a equipe médica.
Além disso:
- Sessões de acompanhamento periódicas são necessárias para ajustar a DBS conforme a evolução dos sintomas.
- Revisões de medicamentos podem ser feitas: o neurologista pode alterar as prescrições para complementar os benefícios da DBS.
- Terapias complementares, como a fisioterapia, podem ajudar na recuperação e manutenção da qualidade de vida.
A estimulação cerebral profunda (DBS) é uma opção interessante para muitos casos de condições neurológicas, podendo oferecer alívio dos sintomas e uma melhora na qualidade de vida.
Se você recebeu um diagnóstico e está considerando a DBS, não deixe de marcar uma consulta para conversarmos!
Dr. Rubens Cury
Neurologista Especialista em Parkinson
Professor Livre-docente da Universidade de São Paulo
CRM-SP: 131.445
RQE: 64.840
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação
Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em
Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro
CRM-SP 131445