DBS: Avanços tecnológicos e futuro do tratamento

Postado em: 18/11/2024
A Estimulação Cerebral Profunda (Deep Brain Stimulation — DBS) é um tratamento avançado que tem revolucionado a abordagem de diversas condições neurológicas, especialmente a doença de Parkinson.
Inicialmente desenvolvida na década de 1980, a DBS tem evoluído significativamente com o tempo, aproveitando os avanços da tecnologia médica para proporcionar tratamentos mais seguros, eficazes e adaptáveis.
Esses avanços estão moldando o futuro do manejo de doenças neurológicas, permitindo maior personalização das terapias e melhoria contínua dos resultados clínicos.
Continue sua leitura para saber mais sobre os avanços recentes em DBS!
DBS versus neuromodulação não-invasiva na doença de parkinson
Enquanto a “DBS“ é um tratamento invasivo, existem outras formas de neuromodulação não-invasiva que também estão sendo estudadas para o manejo da doença de Parkinson.
Essas técnicas incluem estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS) e estimulação magnética transcraniana (TMS), que utilizam correntes elétricas ou campos magnéticos para modular a atividade cerebral sem a necessidade de cirurgia.
As diferenças entre a DBS e a neuromodulação não-invasiva são significativas, tanto em termos de eficácia quanto de aplicabilidade.
A DBS é amplamente considerada mais eficaz para controlar sintomas motores graves e persistentes da doença de Parkinson, pois atua diretamente nas áreas cerebrais afetadas, proporcionando estimulação contínua e ajustável.
Já as técnicas não-invasivas, mais acessíveis e menos arriscadas, geralmente oferecem resultados mais modestos e de curto prazo, sendo mais indicadas para casos menos severos ou como complemento ao tratamento medicamentoso.
Apesar disso, a neuromodulação não-invasiva representa uma alternativa para pacientes que não são candidatos à DBS, seja por questões de saúde ou por preferências pessoais.
A comparação entre as duas abordagens demonstra o potencial das tecnologias de neuromodulação em diferentes fases do tratamento, destacando a importância de avaliações personalizadas e individualizadas para definir a melhor abordagem.
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Inovações tecnológicas e o futuro da dbs
O futuro da DBS está focado na introdução de dispositivos mais inteligentes e adaptativos, que possam responder de maneira autônoma às mudanças na atividade cerebral do paciente.
A nova geração de DBS utiliza a chamada estimulação cerebral responsiva (RNS), que ajusta automaticamente a intensidade do estímulo com base no monitoramento contínuo da atividade cerebral em tempo real.
Essa tecnologia promete não apenas melhorar o controle dos sintomas, mas também reduzir os efeitos colaterais associados à estimulação contínua.
Outra inovação promissora é a integração de dispositivos com sistemas de inteligência artificial (IA), que permitem uma análise mais detalhada dos padrões de sintomas e ajustes mais precisos do tratamento ao longo do tempo.
Isso facilita um tratamento mais personalizado, ajustando-se de maneira dinâmica às necessidades do paciente.
Além disso, a evolução da DBS também inclui dispositivos recarregáveis de longa duração, reduzindo a necessidade de substituição frequente da bateria e, consequentemente, de cirurgias adicionais.
Convido você a marcar uma consulta para discutirmos melhor essas e outras intervenções!
DBS como uma esperança para outras condições neurológicas
Embora a DBS seja amplamente conhecida pelo tratamento da doença de Parkinson, pesquisas estão expandindo sua aplicação para outras condições neurológicas, como distonia, epilepsia, e até mesmo para transtornos psiquiátricos, como depressão refratária e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
O sucesso da DBS em outras áreas abre novas possibilidades terapêuticas, especialmente à medida que as tecnologias de neuromodulação continuam a evoluir.
Com os avanços tecnológicos em curso, a DBS não apenas se consolida como um tratamento eficaz para a doença de Parkinson, mas também como uma esperança para o manejo de outras condições, aumentando o leque de opções para pacientes e profissionais de saúde.
Se você deseja saber mais sobre a DBS e suas inovações, agendar uma consulta pode ser o primeiro passo para explorar as opções disponíveis e definir a melhor abordagem para o seu caso. Entre em contato pelo WhatsApp!
Dr. Rubens Cury
Neurologista Especialista em Parkinson
Professor Livre-docente da Universidade de São Paulo
CRM-SP: 131.445
RQE: 64.840
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação
Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em
Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro
CRM-SP 131445