DBS: Avaliação e Consulta com Especialistas em Neurologia
Postado em: 11/03/2025
A Estimulação Cerebral Profunda (do inglês Deep Brain Stimulation — DBS) é um dos tratamentos mais avançados para a doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento.

Essa técnica cirúrgica consiste na implantação de eletrodos em regiões específicas do cérebro para modular a atividade neuronal e reduzir sintomas motores como tremores, rigidez e lentidão dos movimentos.
Antes de considerar a DBS, é essencial passar por uma avaliação criteriosa com um especialista.
A consulta permite verificar se o paciente é um candidato ideal para a cirurgia e quais os benefícios esperados.
Entenda mais sobre essa avaliação e quando a DBS pode ser indicada!
Avaliação para DBS: quem pode ser candidato?
Nem todos os pacientes com doença de Parkinson são elegíveis para a cirurgia de “DBS“.
O processo de avaliação inclui uma análise detalhada da evolução da doença, resposta aos medicamentos e impacto dos sintomas na qualidade de vida.
Entre os principais critérios de seleção, destacam-se:
- Tempo de Doença de Parkinson: a cirurgia geralmente é indicada para pacientes com Parkinson há pelo menos 4 anos.
- Resposta à levodopa: a DBS é mais eficaz em pacientes que, apesar de boa resposta inicial ao medicamento, passam a sofrer com flutuações motoras e efeitos adversos.
- Impacto na rotina: dificuldades significativas nas atividades diárias devido a tremores, rigidez ou discinesias são indicativos de que o paciente pode se beneficiar da cirurgia.
- Ausência de comprometimento cognitivo grave: a DBS não é recomendada para pacientes com demência ou transtornos psiquiátricos severos.
- Exames complementares: ressonância magnética do cérebro e testes neuropsicológicos são realizados para garantir que não haja contraindicações estruturais ou cognitivas.
É interessante que a avaliação seja conduzida por uma equipe multidisciplinar composta por neurologistas, neurocirurgiões, neuropsicólogos e fisioterapeutas especializados, garantindo que a indicação da DBS seja precisa e personalizada para cada paciente.
Agende uma consulta e vamos conversar sobre os melhores tratamentos para o seu caso!
Cirurgia de DBS para doença de Parkinson: quando é indicada?
A decisão de realizar a cirurgia de DBS leva em conta diversos fatores clínicos e a resposta individual ao tratamento medicamentoso.
A principal indicação ocorre quando os sintomas motores já não são adequadamente controlados com os remédios e afetam a qualidade de vida.
Alguns dos momentos para considerar a DBS incluem:
- Tremores incapacitantes: quando os tremores não respondem bem aos medicamentos e dificultam a realização de tarefas diárias.
- Flutuações motoras: períodos de rigidez e lentidão intercalados com momentos de movimento excessivo devido à variação dos efeitos da medicação.
- Discinesias severas: movimentos involuntários causados pelo uso prolongado de levodopa, que prejudicam a funcionalidade do paciente.
- Redução da eficácia dos medicamentos: com o tempo, os remédios podem perder o efeito esperado, tornando difícil o controle dos sintomas.
A DBS é considerada um tratamento complementar e não substitui os medicamentos.
No entanto, após a cirurgia, muitos pacientes conseguem reduzir as doses e obter um controle mais estável dos sintomas motores.
Acompanhamento pós-cirúrgico e ajustes da DBS
Após a cirurgia, o acompanhamento neurológico contínuo é essencial para ajustar os parâmetros da estimulação cerebral e garantir os melhores resultados. O processo inclui:
- Programação dos eletrodos: os especialistas ajustam os estímulos elétricos para otimizar o alívio dos sintomas sem causar efeitos adversos.
- Monitoramento de efeitos colaterais: a regulagem pode ser refinada ao longo do tempo para minimizar desconfortos e maximizar os benefícios.
- Adaptação do tratamento medicamentoso: em muitos casos, as doses de levodopa podem ser reduzidas, evitando efeitos colaterais indesejados.
- Fisioterapia e reabilitação: manter a atividade física e o acompanhamento fisioterapêutico melhora ainda mais a resposta ao tratamento.
A DBS pode ser muito interessante para pacientes com Parkinson.
Se você ou um familiar apresenta sintomas que dificultam a rotina, agende uma consulta para avaliarmos a melhor abordagem terapêutica!
Dr. Rubens Cury
Neurologista Especialista em Parkinson
Professor Livre-docente da Universidade de São Paulo
CRM-SP: 131.445
RQE: 64.840
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação
Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em
Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro
CRM-SP 131445