Buscando Alternativas para o Parkinson? Saiba Mais sobre DBS

Quando surgem oscilações motoras importantes no Parkinson, tremores resistentes e complicações associadas às altas doses de levodopa, muitos pacientes e familiares começam a buscar alternativas que complementam o tratamento. Uma dessas opções é o tratamento com Estimulação Cerebral Profunda (Deep Brain Stimulation — DBS).

Trata-se de uma abordagem cirúrgica que tem transformado a realidade de muitas pessoas com Parkinson avançado. 

A seguir, entenda como o DBS funciona, quem pode se beneficiar e quais resultados esperar!

O que é estimulação cerebral profunda (DBS)?

O “DBS” é um procedimento neurocirúrgico no qual eletrodos finos são implantados em áreas específicas do cérebro que controlam o movimento. 

Esses eletrodos são conectados a um gerador de pulsos, semelhante a um marca-passo, implantado sob a pele, geralmente no tórax. 

O gerador envia impulsos elétricos contínuos para modular a atividade anormal do cérebro, melhorando os sintomas motores do Parkinson.

Entre os benefícios mais comuns que são possíveis no DBS, posso destacar:

• Redução significativa das flutuações motoras;
• Controle mais eficaz de tremores severos;
• Diminuição das discinesias (movimentos involuntários);
• Possível redução das doses de medicamentos antiparkinsonianos;
• Melhora na qualidade de vida e autonomia nas atividades diárias.

É importante destacar que o tratamento com DBS não é uma cura para a doença de Parkinson, mas é uma ferramenta poderosa para controlar sintomas que se tornaram incapacitantes com a progressão da doença.

Marque uma consulta para conversarmos sobre o seu caso!

Quem pode se beneficiar do DBS?

A decisão de indicar o tratamento com Estimulação Cerebral Profunda é baseada em uma avaliação cuidadosa feita por uma equipe multidisciplinar especializada em distúrbios do movimento. 

Alguns critérios gerais para considerar o DBS incluem:

• Doença de Parkinson diagnosticada há pelo menos 4 anos.
• Boa resposta inicial à levodopa, ainda que limitada atualmente por efeitos colaterais.
• Presença de flutuações motoras e/ou discinesias que prejudicam a qualidade de vida.
• Ausência de demência ou transtornos psiquiátricos graves.
• Capacidade física para se submeter a uma cirurgia e aos cuidados pós-operatórios.

Além disso, exames como a ressonância magnética cerebral são realizados para avaliar se a anatomia cerebral é adequada para o procedimento.

Se você se interessou por essa avaliação, não deixe de marcar uma consulta!

O que esperar após o procedimento?

Após a implantação do sistema de DBS, há um período de ajustes finos na programação do gerador de impulsos. 

O neurologista responsável realiza esses ajustes para encontrar a combinação ideal de estimulação e medicamentos que proporcione o melhor controle dos sintomas com o mínimo de efeitos colaterais.

Os resultados do DBS podem variar, mas muitos pacientes relatam:

• Melhora substancial no controle dos sintomas motores.
• Redução dos episódios “off” e maior tempo “on” (com boa mobilidade).
• Recuperação de atividades antes limitadas pela doença.

É importante ter expectativas realistas: o DBS não trata sintomas como problemas de fala, equilíbrio ou sintomas não motores. 

Ainda assim, seu impacto sobre tremores, rigidez e bradicinesia costumam ser bastante significativo em candidatos bem selecionados.

Se você ou um familiar enfrenta dificuldades para controlar os sintomas do Parkinson, consultar um neurologista especializado em distúrbios do movimento pode ser o primeiro passo para avaliar se o DBS é uma alternativa indicada para o seu caso.

Entre em contato para marcar uma consulta! Será um prazer acompanhar seus cuidados. 

Dr. Rubens Cury
Neurologista Especialista em Parkinson
Professor Livre-docente da Universidade de São Paulo
CRM-SP: 131.445
RQE: 64.840

Leia também:

DBS: Avaliação e Consulta com Especialistas em Neurologia

DBS: próximos passos após o diagnóstico de condições neurológicas

COMPARTILHAR: