Atividade física regular associada à maior volume cerebral
Postado em: 10/01/2024
A lista de benefícios para a saúde associados ao exercício regular pode ter sido aumentada com um novo estudo que identificou uma ligação direta entre a atividade física e o tamanho das partes do cérebro responsáveis pela memória e aprendizado. Explore as descobertas revolucionárias sobre o hábito de se manter ativo e a saúde cerebral.
O estudo analisou imagens cerebrais de ressonância magnética (RM) de 10.125 pessoas, com média de 53 anos, revelando que aquelas que afirmaram praticar regularmente algum tipo de atividade física – como caminhar, correr ou esportes – tinham volumes cerebrais maiores em áreas específicas. Essas atividades foram definidas como aquelas que elevam a respiração e a pulsação por pelo menos 10 minutos consecutivos.
Essas regiões incluíam o lobo frontal, relacionado à tomada de decisões, e o hipocampo, uma parte crucial no armazenamento e tratamento de memórias. O estudo mediu também o volume total da matéria cinzenta, que ajuda o cérebro a processar informações, incluindo sua matéria branca conectiva.
“Descobrimos que mesmo níveis moderados de atividade física, como dar menos de 4.000 passos por dia, podem ter um efeito positivo na saúde cerebral”, diz o psiquiatra e neurocientista David Merrill, do Centro de Saúde Cerebral do Pacífico, em Santa Monica, na Califórnia. “Isso é muito menos do que os 10.000 passos sugeridos, tornando-se uma meta mais acessível para muitas pessoas”.
O estudo intitulado Atividade física relacionada ao exercício está associada aos volumes cerebrais em 10.125 indivíduos, com o Dr. Cyrus A. Raji, PhD, da Universidade de Washington, em St. Louis, Missouri, como primeiro autor, foi publicado online em dezembro de 2023 no Journal of Alzheimer ‘s Disease.
Desvendando os vínculos entre atividade física e saúde cerebral
Embora o volume cerebral não indique automaticamente uma melhoria na funcionalidade, muitas vezes é considerado um indicador justo de mudanças nas habilidades cognitivas.
Este estudo não entra em detalhes sobre como esses estímulos cerebrais podem se manifestar em pessoas que se exercitam regularmente, mas sabemos que essas regiões são responsáveis, então a memória e o aprendizado podem ser melhorados.
Existem diversas razões pelas quais a atividade regular pode potencializar as funções neurológicas, incluindo a forma como o exercício melhora o fluxo sanguíneo por todo o corpo, inclusive para o cérebro, e aumenta nos níveis de proteínas que mantêm os neurônios saudáveis.
Isso se torna mais importante à medida que envelhecemos, considerando o aumento da probabilidade de desenvolver doenças neurológicas, como doença de Parkinson e Alzheimer.
Estudos anteriores também encontraram uma associação entre níveis mais elevados de atividade e um menor risco de demência. Embora esses não sejam suficientes para comprovar uma relação direta de causa e efeito, indicam uma possível conexão.
Os pesquisadores incentivam uma maior conscientização sobre os benefícios do exercício e a continuidade da prática na vida adulta. Mesmo atingir os 10.000 passos diários pareça desafiador, tanto o corpo quanto o cérebro se beneficiam da atividade.
“Nossa pesquisa apoia estudos anteriores que mostram que ser fisicamente ativo é benéfico para o cérebro”, comenta o radiologista Cyrus Raji, da Universidade de Washington, em St. Louis. “O exercício não só reduz o risco de demência, mas também contribui para a preservação do tamanho do cérebro, o que é crucial à medida que envelhecemos”.
Descubra como a prática regular de exercícios pode beneficiar sua mente. Não espere, a saúde cerebral é uma prioridade. Ligue agora e agende uma consulta com o Dr. Rubens Cury, especialista em Parkinson, Tremor Essencial, Distonia e Estimulação Cerebral Profunda (DBS). Possui doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e Universidade de Grenoble, na França.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445