Parkinson perde a voz?
Postado em: 07/09/2022
Além dos sintomas motores conhecidos – tremor, rigidez, lentidão nos movimentos –, a doença de Parkinson afeta também a fala e a deglutição. Estes sinais não surgem para todos os pacientes no mesmo estágio do distúrbio nem com a mesma intensidade. Na maioria das vezes, só são percebidos com o passar do tempo.
Muitos pacientes apresentam mudanças no tom de voz e no ritmo da fala. A principal queixa é a voz fraca, baixa ou com rouquidão. O parkinsoniano pode ter, inclusive, uma fala monótona, sem tons graves e agudos. Para quem ouve, as frases têm pouca entonação e velocidade, o que dá a impressão de falta de emoção.
Por outro lado, alguns pacientes tendem a acelerar o ritmo das palavras, o que também dificulta a compreensão. Com exercícios vocais, é possível deixar a voz mais forte e a fala mais clara, compreensível. Os benefícios são notados rapidamente em conversas com familiares e amigos. Assim, o paciente recupera a autoestima e a vontade de conviver socialmente.
A deglutição compromete cerca de 50% dos pacientes de Parkinson. A principal causa é o enfraquecimento da musculatura da boca. Dessa forma, os alimentos não são bem mastigados, podendo levar a engasgos, tosses e pigarros.
Exercícios de fonoaudiologia têm se mostrado eficientes no controle destes sintomas. Quanto antes eles forem tratados, melhores são os resultados.Dúvidas? Entre em contato com o neurologista Dr. Rubens Cury, especialista em Parkinson e cirurgia de DBS.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e TremoresMédico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela USP, pós-doutorado em Neurologia pela USP e Universidade de Grenoble, na França, e é Professor Livre-Docente pela USP.
Registro CRM-SP 131445